Peralta:
menino travesso, traquinas.
O que faço é incendiar a vontade de pensar e afirmar a potência de fluirde novos seres pensantes.
E o tempo, hein, que coisa estranha que inventaram!
Certo. É uma maneira um pouco estranha de se começar um texto, reconheço. Mas por que não devo expressar de início a que vim? Quem achar que estou tentando esclarecer, talvez se decepcione. Mas não estará totalmente enganado. Busco o esclarecimento: não regras ou receitas pré-aprovadas, mas uma oportunidade que possa surgir ao tempo em que me dedico à tarefa de visualizar minhas questões, talvez nossas questões.
Você já deve ter lido, ouvido, pensado, que quando se escreve, desenha, esculpe, costura, inventa, constrói-se muito mais do que o que foi proposto inicialmente - algo ultrapassa a nós mesmos e aos objetivos.
Não sei se a angústia inicial seja, por princípio, necessária, mas, e não quero generalizar, vem como algo coincidente nas oportunidades em que me permito tornar verbo e substantivo alguns adjetivos que teimam ser advérbios (principalmente os intensivos) - o 'mente' no seu final me parece ser isso mesmo, como os final(mente), exclusiva(mente), total(mente), percebeu?
Fico imaginando um cenário nas áreas entre as terras/águas e os céus onde devem existir alguns seres bem parecidos conosco (quem sabe já aprenderam as técnicas de voar sem asas, de falar sem gesticular, escrever ou sem pronunciar?) que possuem uma faculdade especial, uma sensibilidade particular e extra de se sentirem estimulados quando um semelhante, que ainda está preso à terra, é tomado de uma necessidade de viver e expressar a sua experiência de vida, e seria como que impelido a auxiliá-lo através de provocações de nível extra-sensorial - um diálogo direto com a alma (não se esqueçam que eles não usam o nosso meio habitual de comunicação!).
Então, seria como um passe de mágica para o nosso modo cotidiano de entender essa coisa que até chamaria, em uma forma bem reducionista, de inspiração. Para que serviria esse auxílio? Por que estariam interessados nisso? Será que agiriam apenas por estímulo-resposta? O que seres assim ganhariam, qual seria o seu retorno, mesmo que sua ação fosse voluntária e desinteressada?
Sabe, eu creio que em qualquer situação que vivamos temos um retorno que podemos não perceber, não buscar, nem desejar. Seria algo como que um necessário da ordem dos mundos: um bônus da vida para aqueles que participam dela, em qualquer de seus níveis. Mas não leve tão a sério e ao pé-da-letra a palavra bônus, ela é enganadora. As energias que movimentam os mundos estariam entrelaçadas e fluiria. Assim quando uma entra em ação, as outras também teriam que se mover num fluxo sem fim.A quantos mundos se daria à luz assim?
Luz. Por muito tempo se disse que era a maior velocidade existente - e olha que já fizeram enormes piadas a esse respeito misturando pensamento e (me perdoe a expressão) a diarréia - sendo essa última a mais veloz de todas por não dar tempo nem de pensar. Riu? Tente, pelo menos. Imagino que a coisa mais veloz do mundo - e também a mais poderosa - chama-se amor. Já reparou que quando amamos, não é necessário pensar para estar ou sentir ao lado o objeto desse amor? O contrário também vale: o vazio imediato que surge gerado pela ausência (ou a nossa necessidade de presença).
Mas, indo adiante, se imaginássemos esses entes como partículas carregadas de energia, que buscam opostos ou semelhantes para se unir para uma troca. O que teríamos para lhes fornecer e eles a nós?
Será que as nossas vivências criam algum tipo de registro energético em nosso campo pessoal e isso seria o fator de aproximação entre todos? E será que isso implicaria em que quanto mais nos entregamos às experiências, quanto mais diversas e plenas elas forem, haveria um ponto de concentração em um determinado núcleo de nós que seria um aglutinador de mais e mais encontros com esses entes e nesses encontros um algo se acenderia em nós e neles e, por alguns segundos, uma certa angústia produzida na transferência-troca, identificação-descoberta, se seguiria da separação entre as partes: o processo se finalizaria quando esse encontro simbiôntico se produzisse plenamente.
Simbiose, palavra linda que foi inventada para dar conta de um encontro em que todos os participantes saem plenos, após cada um contribuir com aquilo em que é pleno. Poderia chamar de plenitude também, não é? Talvez até melhor, porque o bios no meio da outra parece apenas incluir organismos que a biologia classifica - e os possíveis outros?
Mas é questão de opinião e, tanto faz se aceitável ou não. Basta que produza um efeito para ser real. Não acredita? Pois então vamos falar de fé. É isso aí! Você acredita na ciência, acredita em rotinas, acredita em mensuração e estatísticas? Pois é isso mesmo: você acredita. Fé! A ciência também acredita, pois ela só trabalha com o provável e não com o que pode provar (eheh, te peguei!). É como um jogo de palavras: você define um objeto e depois diz que ele é objeto porque você o definiu. Mas espere aí, isso não desqualifica a ciência. Pelo contrário, mostra que ela é real, funciona. O paciente escuta o médico falar, acredita, toma um certo remédio (poderia ser só água com açúcar) e fica curado. Um outro paciente, depois de escutar por uma hora um sermão de pastor, padre, rabino, mestre, ou outro, e acredita e sai curado.Funciona! Que outra palavra mágica. Somos como uma máquina que precisa de um combustível para funcionar. E me arriscaria a dizer que nosso combustível principal é a fé, se não fosse o amor, por que ele me faz ultrapassar-me a todo momento.
Pronto! Se fosse fazer uma teoria sobre a vida, resumiria em poucas palavras: a vida se compõe de energia de amor e fé que fazem funcionar todos os entes dos mundos existentes ou ainda não e produz intercâmbio entre eles.
Complicado? Não. Simples assim.
Já disseram que a simplicidade é a unidade principal de todas as coisas que, quando adicionada a diversas outras, geraria a complicação. Da mesma forma que esse texto: unidades de idéias simples que se articulam e produzem, por si mesmas, sem qualquer predisposição minha para tanto, uma certa complicação.
Quer ver como é esse jogo de simples-complicado? Você conhece alguém; troca alguns pontos de vista sobre o que pensam de si mesmo e do outro. Você sai com a sensação de que aquela pessoa é maravilhosa, tudo o que você desejaria. O mundo se move e retorna ao ponto de encontro. E mais trocas de palavras, gestos e, agora, toques. E, mais uma vez, você sai achando que o mundo é maravilhoso, tudo é completo, tudo se encaixa. Que bom que seja assim, porque senão ninguém se arriscaria a ir adiante e enfrentar o aparar de arestas entre os encaixes, que depois de certo tempo começam a incomodar - dizem que é sorte de principiante, mas para mim tem haver com amor e fé, e é aí, quando as coisas simples se complicam, que também eles entram em ação para gerar condições de sustentabilidade ou de dissolução.
Viu, o simples gera o complicado e um possível retorno à condição inicial.Inicial? Será que já não havia um 'precedimento' no ponto do encontro que foi o gerador dele? Vamos chamar de referencial? Isso. Ao ponto em que fazemos a referência para o acontecimento. Então tudo teria início (eu disse início?) com a referência.
Nos referenciamos a tudo e utilizamos tudo como referência. Assim temos que nos dizer somente em termos do que não somos, isto é, o outro nos referencia a crer que somos e nos diz ente também. Por que não? Afinal de contas o que conta é nos percebermos vivos.
Percepção é o ponto onde acontece aquela angústia do encontro entre os entes, senão não daria para diferenciar eu e não-eu.Caramba, que bom caso a percepção possa ser expandida: eu e não-eu sermos uma coisa só, ampliada. Uma certa unicidade entre tudo, um todo uno.
Único. Sim, por que não? Um único momento, o agora; uma única referência, vida; um único ser, pleno de eus (deus?); uma única propulsão, a fé; um único e contínuo ponto de aglutinação, o amor, talvez o produtor dos sonhos…
Sonho. Deixa estar, quem sabe não seja exatamente essa a função dos encontros - geração de sonhos - pequenos 'vazios' no uno, plenos em si. Angústia com potencial de gerar transformação, que faz com que tenhamos que avançar para algo que não-nós e por isso mesmo nos encontrar.
(Para Xandinho, Pequeno, Bruninhu, MD, Cµssa e Thiago que me ensinaram a ampliar a minha percepção).
Wellington de Oliveira Teixeira – 4 de abril de 2006.
Por entre os traçados e alinhavos, pontilhados e costuras, a vida da gente é tecida no seus detalhes mais imperceptíveis. Onde ficou aquele sorriso que eu dei na semana passada?
Não é por nada não, mas será que nós somos máquinas de triturar?
É… porque, memória à parte, desfazemos as cenas que protagonizamos e as assimilamos num contínuo alucinante. O corpo é palco de transformações num ritmo psicodélico e a alma capta e gerencia todos os acontecimentos. Gerentes de uma desordem incalculável.
A fluidez caótica que nos perpassa a todo instante e da qual somos parte integrante e componente indispensável, efetua combinações com tamanha maestria que, por alguns instantes, me vejo tomado de uma impossibilidade de qualquer tentativa de ordenação. Não que não haja possibilidade de haver ordem no caos, e sim por me escapar o tipo possível de ordenação. É que eu ainda sou um sujeito movido pela ordem da razão: 1, 2, 3, 4…; retangular, esférico, triangular…; curto, médio, longo…; amor, ódio, indiferença… E por aí vai, meu complexo mundo catalogador e rotulador de dados.
Mas o que dizer das outras possibilidades de ordem que me tomam nos infinitesimais acontecimentos e nos elementos que me promovem em aglutinação e desaglutinação, me refazendo a todo instante e me dizendo o que sou/estou em cada um deles?
Eu já deveria ter ultrapassado essa maneira tão abstrata de me dizer o que se passa dentro de mim, mas ainda continuo a usá-la por não ter encontrado uma outra que me explicite. Explico: é que quando tento escrever algo para alguém, o que eu acabo fazendo é um vôo entre este complexo que é um EU e o outro complexo que eu chamo de um OUTRO.
OUTRO foi o sorriso que me forçou a escrever esses errantes pensamentos que já tem lugar cativo na minha ilusória questão de permanência no mundo - minha história. Bonito? Mais que isso! Cativante? Certamente. Mas apenas parte de um todo ao qual eu nem me toquei de início, tão hipnotizado que estava pelo magnetismo que ele possuía e possui, pois foi fixado em impressão digital nos bits da rede e na tela do meu computador.
Mas quem é o dono do sorriso? Quem o fotógrafo que conseguiu retirar do menino-quase-rapaz essa serena felicidade que flui da foto através da expressão sorridente?
A qual ordem pertence a perspectiva de efetuação da arte que se tornou o ato de fotografar? Sim, porque além de efetuar o momento do acontecimento, teve a sua ressonância: Olha um EU aqui escrevendo contaminado por ele.
Faz parte de mim este sorriso? Pertence a alguma ordem transcendental? Está inscrito naquilo que se chamou de inconsciente coletivo? Ou está inscrito em alguma ordem pré-objetiva dentro de mim?
Não queria me impor um fechamento para este pensamento. É como se - já que não o foi concluído dentro de mim - não pudesse ser-lhe gerado um término e assim eu me permitir simplesmente dizer: "Independente do que possa ser dito a seu respeito, o poder do sorriso efetuou algo e nisso se fez potência de vida que expandiu-se para além do si mesmo e foi, de alguma forma potencializar novos acontecimentos… etc., etc., etc… e fim!" E, em não fechando, espero provocar seu pensamento, a sua sensibilidade, a sua imaginação, na perspectiva de que, tomado pelo seu poder, seja você mais um a produzir a partir dele novos efeitos que também possam ressoar por aí. Porque após ter contaminado o dono dele, o fotógrafo e a mim, você, agora - e quem sabe outros tantos mais -, terão um elemento a mais para dar conta: um escrito que se fez sob o efeito do seu poder sedutor.
Boa sorte no seu investimento…
Amigos São Amigos Pra Sempre!
Wellington de Oliveira Teixeira em 29 de junho de 2000.
Encontrei na vida diversas cabeças que pensavam coisas diferentes. Seus pensamentos geraram milhões de novos pensamentos em muitas outras pessoas. Levavam adiante o conhecimento para que o Homem pudesse tornar-se Ser Pensante.Espero que este seja um destes elementos que nos encaminham para a novidade do pensar. Felicidades!
Uma homenagem a um grande educador, prof.º Ubiracy Martins de Figueiredo, no dia de seu aniversário.
Wellington de Oliveira Teixeira em 16 de outubro de 1998.
“Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum – para si mesmo ou para os outros – abandoná-lo quando assim ordena o seu coração(…) Olhe cada caminho com cuidado e atenção. Tente-o tantas vezes quantas julgar necessário… Então faça a si mesmo e apenas a si mesmo uma pergunta: possui este caminho um coração? Em caso afirmativo o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma!” (Dom Juan) |
Cada dia que passa, experiências vão sendo vividas ao interagir com o meio em que se vive. O dia a dia de cada homem produz nele uma seqüência de acontecimentos, de todos os tipos e intensidades. A esta seqüência de acontecimentos e as experiências produzidas por ela, ele resolveu chamar de existência.
Geração após geração, o homem tem realizado uma busca do que lhe é fundamental, tem procurado o eu sou que lhe diz respeito. À esse eu sou, que ele percebe ser a base de sua existência, a sua natureza, o que realmente é, no mais íntimo de si, deu o nome de essência.
A primeira coisa que percebeu é que a existência de alguém tem precedência a todo e qualquer sentido dado a esta mesma existência. Em outras palavras, essa busca o levou a entender um fato: sou (existência) é anterior à questão de saber o que sou (essência). “A existência precede a essência”, como dizia Sartre.
Se o homem não possui tal natureza, é ele quem vai criar-se a si mesmo. Criar sua própria natureza, sua própria essência.
Para alguns pensadores, nós somos uma experimentação, nos produzimos ao ir vivendo de tentativa em tentativa, até descobrirmos o que nos torna pleno. Viveríamos numa pura improvisação: atores colocados num palco, sem que o roteiro tivesse sido definido anteriormente, onde temos que decidir a personagem, o texto, como falar, como queremos viver.
“Sou uma gota d’água, sou um grão de areia.
Renato Russo
À diferença dos outros seres, o homem percebe que existe e que um dia terá de morrer. Por si só isso já o diferencia completamente e o isola. Se ele não vê nenhum sentido nisso tudo, sente-se alienado: um ser estranho no mundo. Isso pode levar ao desespero, tédio, depressão. Só que essa característica de se saber é o que lhe permite ser livre. O homem não foi definido, e tem a liberdade para o fazê-lo como quiser. E, é claro, isso o torna responsável por tudo o que faz. Não é como outros animais que seguem seus instintos, sua essência, sem que possa fazer nenhum questionamento e sem que possa ser responsabilizado pelos seus atos.
Essa liberdade faz de cada momento uma situação de escolha. Nos força a tomar decisões durante toda a nossa vida. E se a essência não preexiste em nós, também não existem valores ou regras eternas, a partir das quais podemos nos guiar. E isso torna mais importantes as nossas decisões, as nossas escolhas.
“Tudo é dor e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor.”
Renato Russo
Algumas pessoas acham isso um fardo pesado demais para carregar. Preferem não se preocupar e se deixam levar, como uma folha à mercê do vento, levada para qualquer direção. O medo de assumir uma postura, uma idéia, um sentimento, um desejo, consegue lhe causar uma paralisia de tal proporção, que é melhor deixar de lado. Tentar esquecer. Tentar diminuir a responsabilidade por sua própria decisão. Só que isso cobra um preço: negar-se a si mesmo e viver a dor de, dia a dia, tentar não ser.
“Há tempos são os jovens que adoecem. Há tempos o encanto está ausente e há ferrugem nos sorrisos e só o acaso estende os braços a quem procura abrigo e proteção.”
Renato Russo
Só que, quem nega a sua capacidade de escolher, torna-se como uma massa anônima, impessoal. Passa de um ato para outro sem qualquer conflito ou pensamento. Não tem um eu próprio, pois foge de si mesmo e se refugia em mentiras. Não há como produzir felicidade num caminho de auto-negação. Onde a alegria verdadeira? Onde a espontaneidade? Onde a expressividade? Onde um relacionamento que complemente? Onde a amizade? Onde o amor?
Você diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais. Você culpa seus pais por tudo e isso é absurdo: são crianças como você. O que você vai ser quando você crescer?
Renato Russo
Culpa do destino se não consegui ser feliz. Culpa da sociedade se não demonstro meus sentimentos. Culpa da geração anterior o fato do mundo estar como está. A responsabilidade nunca está nas próprias mãos: alguém sempre nos fez alguma coisa. É preciso projetá-la no outro. Qualquer outro. A vida no negativo é uma marca registrada dos que vivem desse modo.
“Começo a ficar livre – espero. Acho que sim. De olhos fechados não me vejo.”
Renato Russo
Mas nós, os que um dia resolvemos não mais aceitar ser uma marionete do destino, os que decidimos não permitir que os ventos do dia a dia nos levem pra qualquer direção contra nossa vontade, os que não queremos viver de culpa e nem desejamos viver culpando ninguém, os que encaramos a vida como uma grande chance de enfrentar o desafio da liberdade de ser – mesmo com preço que ela cobra, podemos criar um sentido para a nossa própria vida, pois somos nós que escolhemos aquilo que nos é importante, especial e fundamental. Nossas escolhas nos tornam o que somos. O nosso ato de decidir espelha aquilo que produzimos como nossa essência: as prioridades de nossa vida, os sentimentos que nos invadem, as qualidades que valorizamos e cuidamos em nós.
“Quando não estás aqui, meu espírito se perde. Voa longe…”
Renato Russo
E é a valorização do que é importante para nós que transforma nosso modo de olhar o mundo: abre as portas da percepção.
É o modo como percebemos que muda tudo o que acontece na nossa existência. Por exemplo: quando se vai buscar alguém por quem se está apaixonado numa rodoviária cheia de gente, nossa atenção não se liga a todas essas pessoas. Podemos achar que tomam espaço, que atrapalham, mas são irrelevantes. Naquele momento, a única coisa que se registra é que a pessoa que se quer não está ali. E esse não está se torna muito mais importante do que todos os outros sim está que possam existir naquele local. Só que, a partir do momento em que a pessoa desejada aparece, tudo se transforma dentro de nós: a angústia nos abandona, a falta desaparece, a plenitude nos toma de assalto. O mundo se transforma com nossa mudança. Porque o mundo só é aquilo que percebemos com a nossa consciência. E, se esta muda, o mundo muda também.
“O mundo começa agora – apenas começamos.”
“E daí, de hoje em diante, todo dia vai ser o dia mais importante.”
Renato Russo
Então, a decisão é a grande conquista da humanidade. Sua grande aliada. Cada dia que inicia traz consigo a novidade de vida, uma existência nova, exatamente porque ele começa com uma decisão: a de querer tomar as decisões e assumir a responsabilidade por viver num mundo tão fantástico, misterioso, maravilhoso e insondável (pequena homenagem a Dom Juan Matus, o índio mestre na arte de decidir, que me ensinou a procurar ter o espírito de um guerreiro impecável) ou achar que tudo no mundo é uma benção ou maldição. E que temos que suportar a vida porque ela é assim mesmo.
No fim das contas os que são, sabem que não há essa escolha inicial. Seu dia começa com a certeza de que o que se fizer será expressão de si, de sua essência. E procuram dar o melhor de si para que seu espírito e seus atos seja impecáveis.
“Preocupe-se e pense antes de tomar qualquer decisão, porém,
uma vez tomada, siga seu caminho, livre de preocupações e pensamentos;
haverá mil outras decisões ainda a sua espera.”
Dom Juan Matus