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24 de abr. de 2008

Para Alguem Bem Legal Ouvir…

Merlin, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 01/11/2005
Merlin, criado em 1 de novembro de 2005

A noite chegou neste domingo e um dia dentro de casa tem suas questões próprias: um momento de estar sozinho, um momento de raciocinar, e muitos de reavaliar palavras, gestos, olhares e, principalmente, pensamentos.

Por onde está andando o meu sentimento, sinceramente, eu não sei: fico a vagar ao tentar achá-lo - ele divaga pelas nuvens que teimam em nublar a minha razão.

Não, eu não quero falar por enigmas, tenho certeza; mas, ao reler os parágrafos anteriores fico achando que só eu mesmo poderia entendê-los. Não acho que deva ser o tradutor deles, porque eu não sei se saberia escrevê-los de forma mais simples. Continuo escrevendo e penso neste instante que uma imagem vale mais que mil palavras - e eu fiz uma enquanto tentava acalmar a minha ansiedade. Decido incluir essa imagem antecedendo ao texto. Quem sabe, funciona?

Desejar encontrar alguém é algo complicado, envolve outras vontades e possibilidades que não só as nossas. Fico pensativo de novo e, agora, é a música que me leva pra longe: 'nunca viram ninguém triste? me deixa esmurrar a faca, amolar a faca cega da paixão… eu não posso causar mal nenhum a não ser a mim mesmo, a não ser a mim'. Quanta melancolia no seu autor! E, imediatamente, eu digo pra mim: "certamente esse não sou eu, nem mesmo esse tipo de depressão é a minha!"

Avalio meus sentimentos e percebo que o que sinto é algo bom porque é a recordação de bons momentos, de encontros que marcam a superfície da minha alma, não como queimadura disforme, mas como uma tatuagem que se quer carregar para sempre e que fique visível nos momentos certos.

Olho lá fora. A noite fica tão bonita depois de um dia de chuva!

E minha noite vai passando… melhor seria se encontrasse o ser objeto de minhas divagações; mas como, se ele se encontra num mundo paralelo, caminhando pelo espaço dos possíveis enredos da vida? Está longe/tão perto de mim: me sinto um pouco pequeno no meu próprio mundo. Mas, como eu disse, isso não é tristeza, talvez um pouco de melancolia.

Reacendo meu desejo de ser tão inteiro quanto o tudo e o todo: é isso exatamente o que sou - inteiro e não parte. Você pode até dizer que sou parcial… isso não me incomodaria. Afinal de contas, todos somos.

Acho que vou pra rua, quem sabe o que me espera por lá? Mas antes eu quis registrar tudo isso que se passa dentro de mim.

Hoje eu estou com saudade do próximo encontro que eu terei com você e, fico imaginando, será que você chegou a pensar assim, também? As coincidências existem - e eu já me acostumei com elas: tem hora que as chamo de intuição.

Continue a sua caminhada nesse mundo que ainda não entrei e, quem sabe?, aconteça de desejar me convidar para entrar e fazer parte dele.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 09 de junho de 2005.

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