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20 de abr. de 2010

Monstro oculto nas sombras

O lado horrendo, criado em 20/04/2010.


Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade,
a benignidade, a bondade, a fidelidade.
A mansidão, o domínio próprio;
contra estas coisas não há lei.
(Bíblia - Gálatas 5:22-23)

Pessoas, às vezes, se tornam irreconhecíveis até para si mesmas, por alguns momentos.

Coisas que poderiam ser nada se apoderam dos sentimentos e nublam as referências de vida, retiram completamente a objetividade das ações: num segundo, seu modo conhecido de agir se desfaz.

Vejo isso acontecer mais vezes do que gostaria. Inclusive por que no período de duas semanas me vi protagonista de fatos assim, em duas ocasiões. Mesmo que tenha causado mais mau a mim mesmo que a outrem, não consigo ver um modo de justificar isso.

Uma vez, conversando com amigos, tomei conhecimento de ciúmes que avassalam vidas, de iras que mantém prisioneiros muitos e que encaminham à escravidão do ódio.

Nunca havia percebido que o gostar muito pode ser o disparador de ações nocivas quando o desejo sufoca. Que sem domínio próprio a mistura doçura-agressão pode tornar-se descontrolada e fazer adoecer.

Eu tenho aprendido que o jogo de gato e rato é algo que não deve fazer parte de minha vida e que se algo ou alguém está disponível tem que ser de modo natural e espontâneo, pois mesmo que haja a vontade pode não ser o momento nem o lugar de algo acontecer.

Descontrole de falas, de gestos, de respeito: é incrível ver o corpo reagir desproporcionalmente em qualquer ocasião. Parece, como num filme de terror, o assalto do monstro que estava oculto nas sombras.

Muito ruim sentir-se assim. Melhor não se aproximar do fogo que permitir que chamas incendiárias alcancem os bons sentimentos e os gestos mais ternos de carinho.

Avalio que, quando algo assim acontece, é preciso expressar melhor o auto-controle e urgentemente desfazer alguns caminhos trilhados.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 20 de abril de 2010.

* Tem horas que, mesmo o mais equilibrado que eu consiga ser, há uma dissociação latente que vem à tona.