Na mitologia grega, ctônico (do grego χθονιος khthonios, relativo à terra ou terreno)
liga-se aos deuses ou espíritos do mundo subterrâneo, por oposição às divindades do Olimpo.
Refere-se mais ao interior do solo que à sua superfície (γαιη gaia ou γε gê) ou à seu território (χορα khora)
e alia os conceitos de abundância e sepultura.
(com base na Wikipedia)
liga-se aos deuses ou espíritos do mundo subterrâneo, por oposição às divindades do Olimpo.
Refere-se mais ao interior do solo que à sua superfície (γαιη gaia ou γε gê) ou à seu território (χορα khora)
e alia os conceitos de abundância e sepultura.
(com base na Wikipedia)
Ela me pegou e passou a noite comigo. O nome dela Cefaleia. Ironia à parte, interprete isso como fui acometido por uma dor de cabeça.
Evito usar qualquer droga farmacêutica, então, recorri a um chá quente de erva-doce (era o disponível). Aspirei seu ar quente, usei um pano para segurar a chícara quente e o usava na área entre os olhos tentando dilatar os vasos sanguíneos e relaxar.
Como muitos sabem, dor não combina com conhecimento (evasivo, ele sai pela lateral). Hora de recordar algo sobre áreas e tipo de sintomas, não consigo. Recorro ao São Google (dar três pulinhos estava inviável!), que me mostrou em imagens que o mais próximo era a tensional. Me acorreram as velhas lições sobre psicossomática. Ri. Tenso se tornou meu novo sobrenome, já há algum tempo.
Adentrando a madrugada, resolvo ceder e utilizar algo. Não encontro. Queria perguntar 'Onde você colocou a dipirona, Beto Lobo?', mas o sujeito já estava abraçado e de caso com o Morpheus.
Então tento pano com álcool. Após rolar muito na cama, o corpo pede o arrego. Tenho que levantar. Buscar distrações tanto quanto o possível. Por isso estou aqui, depois de ter limpado utensílios da cozinha, desenhado, deitado e levantado algumas outras vezes.
Nessas tentativas de reduzir a atenção para a dor, alcanço as 5 horas e o cansaço fala bem alto. Vontade imensa de conseguir descansar, esfriar a cabeça (quase um trocadalho), esquecer um pouco. Mas, com tantas questões, não dá. A simples aceitação de que, se chega a se manifestar no corpo, é porque seus recursos se esgotaram não foi eficiente. Nem suficiente.
Os olhos começam a fechar sozinhos. O corpo entra no limiar em que nem a dor o impede de ir apagando. Evito reagir. Melhor aproveitar a oportunidade e tentar, mais uma vez, deitar e relaxar. Quem saber cochilar?
Funcionou. Agora, pela manhã, resolvo revisar e complementar o texto. É preciso aprender com todas as situações. Me sensibiliza, como em ocasiões semelhantes (meu histórico com dores, em particular as de ouvido, preenche um livro), imaginar o quão sofredor pode ser a vida daqueles que a vivem constantemente. Uma dor crônica e recorrente que apenas drogas de ação potente permite apaziguar um pouco.
Com esse alerta, avalio que a realidade não confere com o que supomos: na vida, o normal não é sempre dar tudo certo, o dia ser lindo e feliz, saudável, etc.
Quanto ao lidar com o acúmulo de questões, bem, isso fica para uma outra ocasião. Vamos aproveitar um pouco a distração: começou o jogo do Brasil e Chile, e vou torcer para passarmos juntos dessa fase.
Evito usar qualquer droga farmacêutica, então, recorri a um chá quente de erva-doce (era o disponível). Aspirei seu ar quente, usei um pano para segurar a chícara quente e o usava na área entre os olhos tentando dilatar os vasos sanguíneos e relaxar.
Como muitos sabem, dor não combina com conhecimento (evasivo, ele sai pela lateral). Hora de recordar algo sobre áreas e tipo de sintomas, não consigo. Recorro ao São Google (dar três pulinhos estava inviável!), que me mostrou em imagens que o mais próximo era a tensional. Me acorreram as velhas lições sobre psicossomática. Ri. Tenso se tornou meu novo sobrenome, já há algum tempo.
Adentrando a madrugada, resolvo ceder e utilizar algo. Não encontro. Queria perguntar 'Onde você colocou a dipirona, Beto Lobo?', mas o sujeito já estava abraçado e de caso com o Morpheus.
Então tento pano com álcool. Após rolar muito na cama, o corpo pede o arrego. Tenho que levantar. Buscar distrações tanto quanto o possível. Por isso estou aqui, depois de ter limpado utensílios da cozinha, desenhado, deitado e levantado algumas outras vezes.
Nessas tentativas de reduzir a atenção para a dor, alcanço as 5 horas e o cansaço fala bem alto. Vontade imensa de conseguir descansar, esfriar a cabeça (quase um trocadalho), esquecer um pouco. Mas, com tantas questões, não dá. A simples aceitação de que, se chega a se manifestar no corpo, é porque seus recursos se esgotaram não foi eficiente. Nem suficiente.
Os olhos começam a fechar sozinhos. O corpo entra no limiar em que nem a dor o impede de ir apagando. Evito reagir. Melhor aproveitar a oportunidade e tentar, mais uma vez, deitar e relaxar. Quem saber cochilar?
Funcionou. Agora, pela manhã, resolvo revisar e complementar o texto. É preciso aprender com todas as situações. Me sensibiliza, como em ocasiões semelhantes (meu histórico com dores, em particular as de ouvido, preenche um livro), imaginar o quão sofredor pode ser a vida daqueles que a vivem constantemente. Uma dor crônica e recorrente que apenas drogas de ação potente permite apaziguar um pouco.
Com esse alerta, avalio que a realidade não confere com o que supomos: na vida, o normal não é sempre dar tudo certo, o dia ser lindo e feliz, saudável, etc.
Quanto ao lidar com o acúmulo de questões, bem, isso fica para uma outra ocasião. Vamos aproveitar um pouco a distração: começou o jogo do Brasil e Chile, e vou torcer para passarmos juntos dessa fase.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 28 de junho de 2014.
* Ctônico: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ct%C3%B3nico
** Perceba como as vivência modificam nossa percepção e produção: abaixo a imagem original feita na hora da dor, do meu monstro ctônico. Avaliando a transformação, reaprendo que, após a tempestade, tudo merece receber uma reavaliado.
*** Para minha satisfação, foi dolorido, mas graças ao Julio Cesar e à trave, passamos.
** Perceba como as vivência modificam nossa percepção e produção: abaixo a imagem original feita na hora da dor, do meu monstro ctônico. Avaliando a transformação, reaprendo que, após a tempestade, tudo merece receber uma reavaliado.
*** Para minha satisfação, foi dolorido, mas graças ao Julio Cesar e à trave, passamos.