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26 de jan. de 2010

Fugindo das armadilhas

Fugindo das armadilhas, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 26/01/2010Fugindo das armadilhas*, criado em 26/01/2010.

Eu gosto tanto de você Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
(Apenas Mais Uma De Amor - Lulu Santos / Nelson Motta)

As férias começaram e logo uma chatíssima virose veio conviver comigo (e com um monte de gente amiga). Tudo bem, já deu pra ir a praia, piscina, festas em boates e bares. Mas os planos eram bem maiores.

O que fazer? Quais as opções ou a falta delas? Como reagir e não perder o mais precioso tempo do ano?

Todo mundo já sabe: quando o médico não consegue definir seus sintomas ele diz 'Virose' e você sai de lá com aquele ar de 'Pra ouvir isso não preciso ir ao médico, todo mundo fala a mesma coisa' e, é claro, ri de si mesmo e da situação (melhor do que chorar!).

E adivinha qual a prescrição? A de sempre, ora essa. As mesmas canjas, combinação de chás, frutas, legumes e o infalível soro caseiro ('o soro tem gosto de lágrima' - diziam os Titãs). Cervejinha, nem pensar. Tudo bem, pensar pode, porque ninguém é de ferro.

E com esse calor infernal do Rio de Janeiro - já batemos um novo recorde em relação a muitos anos anteriores - não há muitos lugares onde você possa estar sem uma boa refrigeração ou muita água ao redor. Meu bronzeado já está amarelando e estou louco pra ir pra uma lagoa, rio ou mar.

Resolvi fazer algo que gosto muito: comprei diversos livros (Clarice Lispector, JR Tolkien, Khaled Hosseini), aluguei alguns vídeos e programei minha tv para gravar alguns episódios de séries que eu gosto para rever.

Ainda sou um 'Sem Avatar 3D', pode?

E outra coisa que influi muito, e que estranho, é o fato de estar sendo difícil gerar temas para escrever ou, então, iniciar e ir perdendo o fio da meada. Mas quem conhece o calor do verão sabe que o desânimo ou a sonolência são companheiros de toda tarde.

Acabei de perceber que o primeiro livro a ler é 'A cidade do Sol' (do mesmo autor de O caçador de pipas). Então, com licença
, hora de viajar na mente (já que, por enquanto, não dá pra sair de casa).

Wellington de Oliveira Teixeira, em 28/01/2010.


* Enquanto fazia essa arte eu me lembrei do trecho de uma música: 'Nada a temer senão o correr da luta. Nada a fazer senão esquecer o medo, Abrir o peito a força, numa procura, Fugir às armadilhas da mata escura'
(Luís Carlos Sá e Sérgio Magrão)

24 de jan. de 2010

Tranquilidade e incompletude

Ondas de leveza, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 21/01/2010Ondas de leveza, criado em 21/01/2010.

"Às vezes, no silêncio da noite eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado, juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho! Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem..."
('Sozinho' - Peninha*)

Momentos de tranquilidade, de paz, de segurança são algo especial.

Ainda assim, por si só, não são capazes de gerar plenitude.

Eu gosto quando chego em casa, de madrugada, e me vejo escrevendo sobre os sentimentos e pensamentos que me atravessaram durante o meu dia.

A sensação é de que (e como é bom dizer isso) mais uma vez valeu a pena.

Sei que muitos saíram, tiveram (des)encontros e voltaram um pouco frustrados - como já aconteceu comigo várias vezes.

Hoje eu tive excelentes momentos com familiares e em roda de amigos que geraram em mim esses sentimentos tão bons.

Ficou apenas a sensação de que a paz sussurrou pra mim esses últimos dias.

E, agora, quando chego em casa, me pego pensando em você, com saudade.

Claro que isso não estraga nada, mas deixa uma marca de incompletude, assim como nesse texto que não consigo achar um modo de terminar.


Wellington de Oliveira Teixeira, em 24 de janeiro de 2010.


* Curioso como as vezes alguém consegue dar potência a algo que não é seu a ponto de todos referenciá-lo e não ao autor como dono da obra, como é o caso dessa música que ficou marcada com a voz do Caetano Veloso, Sandra de Sá e Tim Maia.

8 de jan. de 2010

A vida voa

A vida voa, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 13/01/2010A vida voa, criado em 13/01/2010

A falsidade tem um infinidade de combinações
mas a verdade só tem um modo de ser.
(Jean-Jacques Russeau)

Ouvi um dia você me falar
Futuro é longe pra gente ficar
A dica que você me deu foi boa
Ao ter você eu fiquei rindo à toa

No outro dia você quis falar
De um tal futuro que pra nós não há
E a dica que você me deu foi boa
Grudar demais é o que mais enjoa

Ouvi conselhos em minha vida toda
E o que eu vivi eu não vivi à toa
Eu já fingi, fugi, corri de mim. E agora?
Eu vou sair e fazer outra história

Depois de um tempo você vem falar
Ficar foi bom, é hora de reprisar
E a dica que eu lhe dei foi boa
Melhor amar senão a vida voa.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 17 de março de 2006.

* Letra para uma música que eu apenas comecei e deixei de lado, por falta de oportunidade.



6 de jan. de 2010

Sobre palavras finais

Palavras finais, criado em 05/01/2010.

Somente a idéia da morte torna o homem suficientemente desprendido para ser capaz de se entregar a qualquer coisa.
Um homem assim, porém, não tem anseios, pois adquiriu um amor calado pela vida e por todas as coisas da vida.
Sabe que a morte o acompanha e não lhe dará tempo de se agarrar a nada, de modo que ele experimenta, sem ansiar, tudo de todas as coisas.
(Uma Estranha Realidade - Carlos Castaneda)


Interessante como nos filmes e nas telenovelas as pessoas que estão à beira da morte sempre tem a chance de falar alguma coisa importante em seus segundos finais.

E são sempre palavras reveladoras, de grande impacto, com o poder de afetar muitas vidas, segredos guardados na existência.

Eu fico pensando: por que não revelou isso antes? pra que deixar ao acaso ou à sorte a informação ou a possibilidade de expressar fatos importantes?

E, quando olho com calma para o dia a dia, me pergunto: todos nós não agimos do mesmo modo? Não ficamos presos nas nossas rotinas e ignoramos os que estão próximos? Não esquecemos de dizer palavras importantes aos que amamos?

Creio que isso acontece por que não nos damos conta da presença constante da morte e de que todos os momentos podem ser a oportunidade que nós temos de proferir nossas palavras finais.

Por isso, espero conseguir me reservar um pouco para cada um de vocês, meus amigos e familiares, e estar valorizando mais ainda, durante o ano que se inicia, esse cuidado e carinho que recebo.

Um grande beijo no coração de cada um.


Wellington de Oliveira Teixeira, em 05 de janeiro de 2010.

* Não importa o quanto se tente, nunca conseguiremos dar conta de tudo. Então, se dermos conta do possível, já terá sido uma grande conquista.

1 de jan. de 2010

Fantasias e Fantasmas

Fantasias e Fantasmas, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 01/01/2010Fantasias e Fantasmas, criado em 01/01/2010

"Não fique triste nas despedidas.
Uma despedida é necessária antes de vocês poderem se encontrar outra vez.
E se encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas, é certo para os que são amigos."

(Ilusões - Richard Bach)

estamos seguindo adiante, após o início do ano.

sim, reiniciamos as rotinas depois que alguns de nós, dispostos a refletir e avaliar, paramos o mundo do cotidiano para viver o mundo das expectativas.

nem em todos os lugares as rotinas foram alteradas mas, em sua maioria, houve a oportunidade de lidarmos com a imaginação do que desejamos para o novo ano.

claro que marcas do passado estavam atuando ali, simultaneamente: sonhos e medos, lado a lado, se apresentaram para criar a visão do 2010.

na areia da praia, vendo um espetáculo pirotécnico sobre as águas de copacabana e, no céu, o espetáculo luminoso de uma lua cheia sobre um céu escurecido, fiz meu vôo pessoal.

não desejei quase nada, resolvi fazer uma homenagem a todos meus amigos e amados, em especial aos que partiram antes de mim para a aventura celeste.

nos últimos momentos de 2009, dei beijo novelesco em alguém que há algum tempo atrás me havia presenteado com um.

já em 2010, em ipanema, conversamos, nos tocamos, destacamos nossas diferenças.

creio que, como pessoas, ela continua com seus Fantasmas e eu com as minhas Fantasias.

tudo bem... acho que temos um 2010 para aproximarmos as duas visões.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 1º de janeiro de 2010.


* A todos aqueles seres especiais que contribuíram com a minha vida e foram para o infinito, minha saudade e meu amor eternos.