Caro Amigo*,
Nesse período de tempo de nosso convívio, aconteceu de haver continuidade de pensamentos e sentimentos. E tentei produzir, desse novo momento, o jogo de palavras que pudessem expressar o que aconteceu entre nós.
Palavras são apenas instrumentos. Nós fazemos uso, e devemos cuidar delas, principalmente por que são um excelente meio de construção de si mesmo – o que projeto, mesmo que parcialmente, me representa de modo que me espelho e nos vejo.
Caminhos se produzem e são produzidos em si mesmos.
Cai na PAz!
Nesse período de tempo de nosso convívio, aconteceu de haver continuidade de pensamentos e sentimentos. E tentei produzir, desse novo momento, o jogo de palavras que pudessem expressar o que aconteceu entre nós.
Palavras são apenas instrumentos. Nós fazemos uso, e devemos cuidar delas, principalmente por que são um excelente meio de construção de si mesmo – o que projeto, mesmo que parcialmente, me representa de modo que me espelho e nos vejo.
Caminhos se produzem e são produzidos em si mesmos.
Cai na PAz!
Está chovendo. Gotas mais que gostosas de uma cachoeira sobre um corpo que, apesar de antes não se deixar umedecer e refrescar-se por medo da força da queda d'água, ousou tentar.
Uma, duas, três vezes e percebeu que era mais o frio posterior do que o toque da água que provocava aquela sensação de ter que sair logo. Num outro momento se assustou e se afastou: descobriu que a água pode ser rasa e frágil ou caudalosa e destruidora.
E, agora o tempo passado, retornou o desejo de tentar, experimentar aquela incrível sensação do novo, do refrigério da alma, do sentir-se amado e tocado pela fluidez — mágica é a palavra para descrevê-la.
E veio, vindo aos poucos, ao encontro do reencontro consigo. Como seria? Como reagiria? O que permitiria? O que ousaria?
E aconteceu que a água não estava mais caudalosa: corria e caia com suavidade e não era invasiva.
Os poucos toques só trouxeram paz e a capacidade para saber que a força voltara a fluir: o magnetismo entrou em ação para vir trazendo do universo as pequenas peças de encaixe que recomeçaram a completar o grande quebra-cabeça do primeiro encontro.
Os antigos pontos de afluência se ativaram, os pontos de aglutinação se reacenderam trazendo consigo percepções bem leves e estruturando um novo campo de forças - e um pouco da antiga temerosidade pelos rumos dos acontecimentos.
Mas a água trouxe o relaxamento, a paz, e seguiu acessível sem deixar de seguir seu caminho. Mais que isso, a certeza de que era hora de mergulhar, sentir-se imerso em sua imensidão e aprender com seu mundo de transformações constantes.
Uma sombra de dúvida pairou ainda: há o preparo para sentir-se absorvido, entrar e deixar-se levar, para reinventar o modo de ser? É possível equilibrar dois modos de vida tão diferentes, sem se perder?
A lua cheia do alto do centro do planeta emitia um halo de luz ao seu redor e a pequena garoa que caía só fez realçar a beleza de sua aparição: equilíbrio no céu e, na terra, um sorriso teimava aparecer por causa da imensa paz no ser.
E eu sussurrei no seu ouvido palavras de amizade e amor e depois foi sua vez de ligar para eu saber que você fora capaz de ouvir, mesmo sem saber o quê.
Dormi e acordei pleno de vida.
Uma, duas, três vezes e percebeu que era mais o frio posterior do que o toque da água que provocava aquela sensação de ter que sair logo. Num outro momento se assustou e se afastou: descobriu que a água pode ser rasa e frágil ou caudalosa e destruidora.
E, agora o tempo passado, retornou o desejo de tentar, experimentar aquela incrível sensação do novo, do refrigério da alma, do sentir-se amado e tocado pela fluidez — mágica é a palavra para descrevê-la.
E veio, vindo aos poucos, ao encontro do reencontro consigo. Como seria? Como reagiria? O que permitiria? O que ousaria?
E aconteceu que a água não estava mais caudalosa: corria e caia com suavidade e não era invasiva.
Os poucos toques só trouxeram paz e a capacidade para saber que a força voltara a fluir: o magnetismo entrou em ação para vir trazendo do universo as pequenas peças de encaixe que recomeçaram a completar o grande quebra-cabeça do primeiro encontro.
Os antigos pontos de afluência se ativaram, os pontos de aglutinação se reacenderam trazendo consigo percepções bem leves e estruturando um novo campo de forças - e um pouco da antiga temerosidade pelos rumos dos acontecimentos.
Mas a água trouxe o relaxamento, a paz, e seguiu acessível sem deixar de seguir seu caminho. Mais que isso, a certeza de que era hora de mergulhar, sentir-se imerso em sua imensidão e aprender com seu mundo de transformações constantes.
Uma sombra de dúvida pairou ainda: há o preparo para sentir-se absorvido, entrar e deixar-se levar, para reinventar o modo de ser? É possível equilibrar dois modos de vida tão diferentes, sem se perder?
A lua cheia do alto do centro do planeta emitia um halo de luz ao seu redor e a pequena garoa que caía só fez realçar a beleza de sua aparição: equilíbrio no céu e, na terra, um sorriso teimava aparecer por causa da imensa paz no ser.
E eu sussurrei no seu ouvido palavras de amizade e amor e depois foi sua vez de ligar para eu saber que você fora capaz de ouvir, mesmo sem saber o quê.
Dormi e acordei pleno de vida.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 15 de abril de 2006.
* Para Cµssa e Zé Henrique que me ensinaram um pouco mais da minha própria vida