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30 de set. de 2015

Sintonia com a plenitude.

Sintonia, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 30-09-2015.
Sintonia, criado em 30-09-2015.

Distonia
Distúrbio neurológico que promove contração involuntária e espasmos; afeta locais específicos (músculos, membros) ou o eixo corporal. Inclui Tremores, cãibra, deterioração da escrita e dificuldade ou incapacidade para manusear objetos (caneta, flauta ou tacos de golfe.
Uma forma comum é que acontece com quem ficou muito tempo em pé numa fila e, de repente, a perna treme, mas há casos bem mais graves.

Um mundo confuso gera confusão, em alguns momentos ocorre uma ego ou sócio distonia, que pode ser entendido como um desacordo entre as questões internas e externas de um indivíduo ou deste com o seu meio. Se isso acarretar inação ou imobilismo poderá gerar depressão. Já aconteceu de entrar num processo semelhante e ser surpreendido com uma mensagem ou contato revigorante *.

É tão bom quando alguém sintoniza sua necessidade momentânea e age, mesmo sem racionalizar. Logo a seguir me alertei: 'Não espere que isso aconteça sempre!'. Momento de conspiração entre seres é um alívio que a Ordem proporciona ao guerreiro que, apesar de uma vida de lutas, se fragiliza.

Nada se mantém inabalável — toda a natureza flutua em estações ou ciclos: fraqueza ou fortaleza, suavidade ou intensidade e outras oposições são apenas modos que o núcleo dos seres vivencia em seu desenvolvimento. As máscaras momentâneas utilizadas nas interações não dão conta da totalidade, mas podem ser expressivas ao refletirem características pessoais. O silêncio, o não dito, o ocultado são como uma pausa que invariavelmente modifica o fluxo da música.

Ser pleno é viver conscientemente a impossibilidade humana de expressão de todas as potencialidades simultaneamente e de modo diário. Brilhos tem efeitos surpreendentes, mas com duração. A mesmice, a repetição, a imutabilidade gera adaptação e tédio, produz distonia. Só na transformação o frescor da plenitude se mantém.

Sintonize os fluxos ao seu redor, permita-se vagar por momentos, vivencie alguns instantes de ócio. Faça-os por nada, não defina resultados prévios. Experimente o não fazer e, aos poucos, seus efeitos (como os da pausa na música) se insinuarão até que se manifestarão de fora para dentro e de dentro para fora — se quer uma analogia, é como um fluxo de respiração que energiza a sua vida e o mantém vivo.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 30 de setembro de 2015.

* Há coisas cujo valor não pode ser medido em preço. Como a mensagem que recebi em 1996, que finaliza com essas frases:
Mas, neste momento apesar de nossos corpos limitados pela distância (talvez, seja até por isso) eu conseguiria gritar sem medo para você: EU TE AMO! Pois como não poderia amar alguém que me mostrou caminhos que nunca sonhei trilhar, mundos que eu nunca sonhei explorar e coisas que nunca sonhei descobrir.
Espero que você se contente com meu amor, pois é a coisa mais pura e verdadeira que eu tenho para lhe dar.
Eu te amo, amigão!
Friends are friends forever!!!

29 de set. de 2015

Superficialidades, mas intensivas

Amálgamas, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 29-09-2015.
Amálgamas, criado em 29-09-2015.

Se lhes perguntassem, os habitantes de Leônia, uma das cidades invisíveis de Ítalo Calvino, diriam que sua paixão é 'desfrutar coisas novas e diferentes': A cada manhã eles 'vestem roupas novas em folha, tiram latas fechadas do mais recente modelo de geladeira, ouvindo gingles recém-lançados na estação de rádio mais quente do momento'. Mas a cada manhã 'as sobras da Leônia de ontem aguardam pelo caminhão de lixo' e cabe indagar se a verdadeira paixão dos leonianos na verdade não seria o 'prazer de expelir, descartar, limpar-se de uma impureza recorrente'. Caso contrário, por que os varredores de rua seriam 'recebidos como anjos' mesmo que sua missão fosse 'cercada de um silêncio respeitoso' (o que é compreensível: 'ninguém quer voltar a pensar em coisas que já foram rejeitadas')?
Pensemos…
Será que os habitantes de nosso líquido mundo moderno não são exatamente como os de Leônia, preocupados com uma coisa e falando de outra? Eles garantem que seu desejo, paixão, objetivo ou sonho é 'relacionar-se', mas será que na verdade não estão preocupados principalmente em evitar que suas relações acabem congeladas e coaguladas?
Estão mesmo procurando relacionamentos duradouros, como dizem, ou seu maior desejo é que eles sejam leves e frouxos […] postos de lado a qualquer momento?
(Zygmunt Bauman — Amor Líquido, p. 13)

Um paradigma não superado por outra via de pensamento, a proposição de sutis toques ou contatos superficiais, lidar com instáveis estruturas, permitir a fugacidade de interesses — a tal da metamorfose ambulante — reflete no mundo interno a incessante transformação do mundo externo.

Diverge de algumas práticas: no plano político, não se coligar nem aderir a qualquer causa; no plano das relações, na exposição completa dos recônditos da alma em redes sociais; no campo amoroso, aos CSSs (casais semi-separados). Só para esclarecimento, supostamente, CSSs são revolucionários que romperam a sufocante bolha do casal, seguindo caminhos próprios dedicando-se tempo parcial. Tudo separado e encontrando-se apenas para fazer alguma atividade de lazer seguida de um sexo casual — a evolução ao ficar junto.

Identifico na atualidade a aposta no eclético. A rigidez das formas, dos modos, dos conceitos não atrai mais. A fluidez das misturas em tempo ínfimo desconstrói qualquer adesão a estruturas específicas. Não me oponho a isso, questiono o que fazer com essas coisas que formam um bloco de massas aglutinadas uma sobre as outras, sem qualquer sentido, inclusive o prazer da montagem. Superficialidades não intensivas visando superar o tédio: apenas ajuntamento.

Penso no conceito social de amálgama: mistura ou fusão de coisas ou pessoas distintas para formar um todo. É como formar um grêmio, um time, uma equipe para produzir ou desenvolver práticas de lazer ou outras. A tal da mistura perfeita de eus promovida por amizade ou amor permitindo um rico processo de compartilhamento de vivências, riquezas de experiências e incorporações de diferenças.

Nenhuma amálgama precisa ser uma apropriação de sua subjetividade, pode ser algo pleno em cada momento. É que quando se desqualificam as possibilidades de absorção de novos modos de ser e estar, manipula-se individualidades a viver sob a sufocante determinação das classes que comandam o jogo das generalizações momentâneas: vista-se, fale, ande, vá a determinado lugar. Tudo assim, desconexo. Igualzinho aos produtos com prazo de substituição pelo novo modelo*, você não precisa vivenciar intensivamente as coisas, basta seguir a onda.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 29 de setembro de 2015.

* Conceito de Obsolescência programada que move a indústria do lucro incessante.

27 de set. de 2015

Viver sem ilusões, nem desiludido

Lentes, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 27-09-2015.
Lentes, criado em 27-09-2015.

Os jornais são aparelhos ideológicos cuja função é transformar uma verdade de classe num senso comum, assimilado pelas demais classes como verdade coletiva - isto é, exerce o papel cultural de propagador de ideologia. Ela imbute uma ética, mas também a ética não é inocente: ela é uma ética de classe.
(Antônio Gramsci)

Uma das lições aprendidas com a miopia — pena que, no meu caso, demorou a ser detectada — é que não dá para simplesmente acreditar no mais aparente. Ano após ano, busco reavaliar o grau e aprimorar a qualidade das lentes que uso para que eu alcance um nível de visão mais acurado.

Transpondo ao nível intelectual o conceito, não dá para nos prendermos aos absolutos, ao contrário, temos que submeter qualquer verdade atual às mais duras provas de reavaliação utilizando de novos métodos, estabelecendo novos princípios e formas para a análise crítica.

Todos (ou quase) desenvolvemos um quê de preguiça científica, alimentados pelos discursos prontos e, invariavelmente, somos desestimulados de questioná-los. Por conta dessa miopia intelectual, esquecemos de avaliar: quem decide, seleciona, estrutura o que recebemos como verdades? O que se omite, desqualifica ou não se aprofunda em prol destas?

Num mundo onde o que se divulga e o modo como é feito é capaz de manipular pensamentos e sentimentos induzindo a práticas nefastas, não deveríamos estar constantemente preocupados com essa questão? Não seria sensato, mais do que desejarmos, exigir fontes diversas e divergentes de raciocínios para que pudéssemos compará-los, criticá-los, antes de adotarmos quaisquer pontos de vista?*

Ao me contrapor a muitos raciocínios hegemônicos — aqueles que são divulgados pela grande maioria dos meios de comunicação — tento, mesmo entendendo ser em uma escala infinitesimal, promover um novo olhar, mais crítico, argumentativo, avaliativo das posições e contraposições. Sobretudo, que evita ataques pessoais e, em últimas das consequências, os preconceitos, as injúrias e as agressões (já reparou como é comum a quem perde a razão partir para o ataque pessoal?).

Como ponto simples em favor desse pensamento, diria que é lógico supor — já que são apenas cerca de seis famílias que controlam a mídia nacional — que os pontos de vista político, financeiro e social de uma determinada elite, certamente não abrangerão uma campo mais vasto ou avaliarão positivamente conceitos que podem questionar seu poder e manipulação sobre o povo. Disse simples? Perdão!

Wellington de Oliveira Teixeira, em 27 de setembro de 2015.

* Gramsci dizia que o desafio da modernidade é viver sem ilusões, sem se tornar desiludido. Que coisa difícil de efetivar!

26 de set. de 2015

A versão atualizada de Mamom

Detalhamentos, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 12-09-2015.
Detalhamentos, criado em 12-09-2015.

"Sou um socialista, Jesus também era. Essa é a nossa doutrina."
Alguns defendem […] que todo o crescimento econômico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos fatos, exprime uma confiança vaga e ingênua na bondade daqueles que detêm o poder econômico e nos mecanismos sacralizados do sistema econômico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar.

Para cada herói centenas ou milhares de ordinários marcham. Pelo menos é assim que tem se considerado e atuado no mundo dos comandados. Um é medalhado enquanto o resto é explorado.

Claro que, por conta disso, sempre haverá aqueles que se indispõem a esse sistema de valorização, haverá protestos e, como a história comprova, revoltas. Em algum momento da vida, me perguntei: Para que, se no final das contas é só para trocar quem encabeça?

É preciso educar para a liberdade, para o bom questionamento, para a criação de uma cultura colaborativa. Sem a mudança dos paradigmas que aceitamos, que fomos induzidos a aceitar, isso nunca acontecerá. Um desses paradigmas atuais é o Mercado. Tudo por e para ele. Uma espécie , literalmente, dinheiro que, na literatura pagã ou cristã, é o desviador da construção da verdadeira comunidade e da adoração.

Entidade maligna, parte da trindade de satanás, ao lado de Lilith, é citado em Paraíso Perdido e em Fausto, John Milton ele é o construtor de um palácio com veios de ouro ardente para Satã, e ganha o sentido de ouro e a representação da ganância.

Na bíblia, logo após a oração do Pai Nosso lê-se: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mateus 6:24)

Respeitosamente, muitos evitam a questão. Mas não dá para pregar como boas novas os ensinamento de um líder comunitário judeu que acabou sendo crucificado por ser subversivo e ensinar o enriquecimento individual. Paradoxo ou não para você, o que ele ensinou não tem nada a ver com o atual discurso religioso dos discípulos e pregadores do Mamom: um egocentrismo baseado no sucesso financeiro e imposição de suas vontades à divindade cristã, estabelecida na barganha, no quanto mais dinheiro você dá para a instituição religiosa mais rico você fica; o bem-aventurado é quem possui riquezas e pode ostentá-las.

Daquelas raízes que nomearam os primeiros grupos como cristãos (o cuidado uns com os outros e o compartilhamento voluntário das próprias capacidades e coisas para sanar as necessidades individuais alheias) o que restou se tornou insignificativo para que se possa ousar usar o mesmo nome. Exortar* significa "animar, incentivar, estimular", e é isso que eu faço em relação a mudar seu ponto de vista. Trabalhe com o nós, o nosso, com o coletivo, com o comunitário, com aquilo que visa o bem comum. Reparou que na oração ensinada por Jesus e a mais repetida no mundo inteiro, a terceira pessoa do plural é a tônica? Antes de ensiná-la (Bíblia — Mateus 6:8-13), ele faz um alerta: "Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, vós orareis assim: "
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos conduzas à tentação; mas livra-nos do mal;
porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre.
Amém!
Wellington de Oliveira Teixeira, em 26 de setembro de 2015.

* Encontrei um sítio na internet (Cristão confuso, mais um zé) cujo lema é "Questione a fé cega, e você confundirá os que creem assim. Mantenha-se crendo e os céticos não entenderão.". Na única página que vi, encontrei algo bem interessante — As 5 expressões evangélicas mais sem sentido usadas nas igrejas: 5- Exortar; 4- Levita; 3- Profeta; 2- Unção e 1- Ato profético. Leia e avalie o porquê.

25 de set. de 2015

Um mundo de gradações

Extrapolando, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 25-09-2015.
Extrapolando*, criado em 25-09-2015.

Extrapolar
Ultrapassar os limites conhecidos (ou polos); ir ou situar-se além de; exceder.
Ampliar o domínio, estender a validade ou generalizar buscando validar ou comprovar novas inferências ou hipóteses.

Mesmo sendo necessário em várias situações posicionar-se por um lado ou outro, confirmar ou negar, excluir ou adicionar, nossas decisões não dão conta completamente de uma simples questão: há camadas ou tons.

Socialmente, tentamos criar conceitos plenos, verdades, base sólida para lidar com acontecimentos e para direcionar nossa decisão ou prática. Dentro do possível, um caminho válido para não estacionar diante do que se atrai para si ou do que vem ao nosso encontro.

Mas não devemos ignorar que entre um ponto e seu oposto há gradações que reúnem quantidades diferenciadas dos extremos. O tal do mundo cinzento entre o preto e o branco, a intensidade entre a ausência ou a presença da luz, apenas para citar exemplos visuais e mais fáceis para gerar associações.

No período de desenvolvimento de uma criança, é preciso aos poucos ir retirando as proibições em prol do aprimoramento da sua capacidade de decisão. Crianças geneticamente são estruturadas para ultrapassar os limites, do contrário, não haveria aprendizado ou desenvolvimento como espécie.

Na prática, em vez de um 'Você vai cair', seria bem melhor um 'Cuidado, é perigoso'. Demanda um pouco mais de tempo e atenção e, é claro, dar explicações**.

É que todos precisam da transição entre o desconhecido e o conhecido, entre o medo e a segurança, entre a irresponsabilidade e a responsabilidade por suas decisões. E isso não ocorre por que fez 12, 18 ou 21 anos, é algo que flui aos poucos dependendo dos estímulos recebidos e das respostas obtidas.

Pessoas bem resolvidas são as que, experimentando, descobriram seu modo certo de fazer (cada um tem o seu!) e foram extrapolando a estrutura para outras situações, reduzindo a necessidade de supervisão. Jamais estaremos livres dos riscos, por isso, aprender a gerenciá-los é tão fundamental. Isso tem que ser estimulado desde a mais tenra idade.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 25 de setembro de 2015.

* Tomo como base o conceito de que o ser humano essencialmente deseja a superação, essa vontade de potência definida por Espinosa como fundadora do ser (Ética, IP34). Isso só ocorre e se desenvolve por meio de suas interações (ou encontros) e elaborações.

Eu reafirmaria que, tal como os argumentos de Nietzsche contra a causalidade deveriam ser lidos como argumentos contra a causalidade externa em favor da causa interna, o ataque à essência é o ataque a uma forma externa de essência. A vontade de potência é a essência do ser. […] É verdade que cada um confia em uma noção de essência, em ambos os casos é uma essência histórica, material e viva, uma essência superficial que nada tem a ver com as estruturas ideais e transcendentais que são usualmente o centro dos argumentos 'essencialistas'.[…]
A fundação do ser, portanto, reside tanto em um plano corpóreo quanto mental, na dinâmica complexa do comportamento, nas interações superficiais dos corpos.
(Michael Hardt — Gilles Deleuze - Um aprendizado em filosofia, nota de rodapé 9, p.84-85)

** Há no sítio português Companhia de STJ vários estilos de perguntas — esclarecendo os porquês — que podem ser utilizados por professores ou mesmo pelos pais, visando um aprendizado mais amplo para as vivências.

21 de set. de 2015

Um vértice num vórtice

Vértice no Vórtice, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 21-09-2015.
Vértice no Vórtice, criado em 21-09-2015.

Vértice:
ponto que liga uma aresta a outra, quina de um sólido, uma ponta, o ponto oposto mais afastado da base de uma figura.
A altura máxima atingida por algo que se eleva ou o ponto mais alto de (algo); ápice, cume, culminação.
Vórtice:
movimento forte e giratório; remoinho, turbilhão; o centro de um redemoinho, um furacão, um ponto de sucção em espiral.
O vórtice surge devido a diferença de pressão de duas regiões vizinhas.

É muito complicado lidar com intempéries, todos sabem. Quando a natureza visibiliza seu poder, para além de belo, pode ser extremamente perigoso estar exposto à sua ação. É perigoso viver, certamente, uma vez que somos parte da natureza e participamos de sua capacidade destrutiva.

Conforme os elementos vão sendo adicionados, o conjunto de elementos que integram determinado evento pode se completar e complementar, iniciando a sua manifestação. Se soubéssemos avaliar quais elementos e em qual ordem, poderíamos antecipar sua ocorrência.

A ciência busca entender os processos naturais, isso inclui nossos pensamentos e sentimentos. As variáveis são imensas, as interferências entre elas de igual monta e isso dificulta tudo. Já aprendemos a detectar quais são os elementos e os tipos de interação entre vários deles. Isso nos conduziu a uma era de tecnologias de planejamento e de prevenção.

No entanto, o próprio uso do controle pode ser um elemento disparador de novos fatos e isso pode acelerar a escalada dos níveis de intervenção. Por isso, a cautela sempre foi e será uma atitude indicada em qualquer situação. Ser cauteloso não significa ser inerte, imóvel ou receoso de agir. É preferir avaliar cuidadosamente o máximo possível de possibilidades antes de decidir.

Quando se constrói referenciais firmes, mesmo que as situações se tornem complicadas, haverá um ponto a que se apegar. É como a ideia de vértice, aquele ponto de encontro que une duas retas (como na letra V). Se tudo girar e se misturar alcance o centro do vórtice e permaneça nele até que tenha condições de avançar ou agir, novamente.

Dizem que, de tempos em tempos, precisamos de uma sacudida para não desistirmos de avançar por preguiça ou desânimo*. Construa seu caminho de modo que ao aparecer um tufão, encontre um vértice em seu vórtice e saia mais sábio e mais fortalecido por ele.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 21 de setembro de 2015.

* Na Física, reconhecemos a natureza dinâmica do universo não só quando nos voltamos para as pequenas dimensões — para o mundo dos átomos e dos núcleos — mas igualmente quando nos voltamos para as grandes dimensões — para o mundo das estrelas e das galáxias. Através de nossos poderosos telescópios, observamos um universo em permanente movimento. Nuvens rotatórias de hidrogênio contraem-se para formar estrelas, aquecendo-se nesse processo até que se tornem fogos candentes no céu. Atingindo esse estágio, elas continuam a girar, algumas delas lançando material no espaço, que se movimenta em espirais e se condensa em planetas girando em torno da estrela.
Enfim, passados milhões de anos, quando quase todo o seu combustível de hidrogênio foi consumido, uma estrela se expande e se contrai novamente no derradeiro colapso gravitacional. Esse colapso pode envolver explosões gigantescas e pode até mesmo fazer com que a estrela se torne um buraco negro. Todas essas atividades — a formação de estrelas a partir de nuvens de gás interestelar, sua contração e posterior expansão e seu colapso final — podem ser observadas em algum ponto dos céus.
As estrelas em rotação, contração, expansão ou explosão aglutinam-se em galáxias de diversas formas — discos planos, esferas, espirais, etc. — que, uma vez mais, não são imóveis, mas giram. Nossa galáxia, a Via Láctea, é um imenso disco de estrelas e gás girando no espaço como uma roda de dimensões imensas, de tal forma que todas as suas estrelas — inclusive o Sol e seus planetas — se movem em torno do centro da galáxia.
(Fritjof Capra — O Tao da Física, p.150-151)

16 de set. de 2015

A ira pira e inspira


A ira inspira, criado em 13-09-2015.

ira
cólera, raiva, indignação, desejo de vingança. A ira é um impulso momentâneo positivamente utilizado quando a motivação é uma injustiça. Quando reprimida, torna-se raiva (ou ódio), emoção destrutiva para quem a sente e para quem é objeto dela.
A imaturidade no lidar com esse sentimento gera o desejo descontrolado de vingança, sentimento de desonra e indignação; por fim, dominada por pensamentos negativos, a pessoa comporta-se de maneira feroz, animal, destrutiva.

Não permita que a ira domine depressa o seu espírito, pois a ira se aloja no íntimo dos tolos.
(Biblia — Eclesiastes 7:9)

inspirações… Inspirações… inspirações…

Precisei refletir sobre os discursos e práticas incentivadores do ódio que se ampliam no país e no mundo. Do que percebi, discursos falseados de razão, preconceitos e boatos espalhados por robôs da internet (programas automatizados ou perfis falsos) tornando-se inspirações para o mal.

A primeira coisa que chama a atenção é a ira que carregam, expressam e disseminam. Um projeto de descarregar frustrações sem se dar o trabalho de elaborar a questão. Não à toa, irmãos gêmeos, pai e filho, estrangeiro e crianças pobres — para citar apenas exemplos bem recentes — acabam sofrendo, geralmente por grupos covardes que dão vazão ao seu ódio.

A segunda, está relacionada aos problemas de ordem psicológica* que demonstram ter — alguns em grau elevado — quando se expressam. Suas desordens mentais são aparentemente ignoradas por quem eles atraem para, juntos, executarem ataques sem motivo aparente.

São fluxos de ar retidos que incham a pessoa, alteram o semblante e endurecem a expressão facial, atiçam o sangue nos olhos e obscurecem a razão. São textos desconexos que pretendem apenas o ataque e não melhorar algo. São imagens escolhidas ou trabalhadas para trazer o pior à tona.

Continuo tentando, após reunir os dados disponíveis, entender a fonte da inspiração, a força motriz desses eventos tão atuais, dessa sombra obscurecedora que paira na mente de tantos, esse retorno à Idade das Trevas. Confesso que, por mais desenvolvida que seja a lógica utilizada ou a qualidade dos textos que os analisam, não vislumbro como dar conta do que está aí e isso me atemoriza.

Inércia ou inação não contribuem para a mudança para melhor. Criei, então, uma imagem para competir com essa onda, afirmando outra inspiração. É como aquela história dos dois lobos, lembra? Qual você alimenta?

Wellington de Oliveira Teixeira, em 16 de setembro de 2015.

* A dificuldade relativa ao controle do impulso agressivo, manifesto por reações explosivas não planejadas e desproporcionais ao fator desencadeador, está relacionada ao Transtorno explosivo intermitente (TEI) que alia causas biológicas às psicossociais em sua origem.
Portadores do transtorno perdem a sua razão numa espécie de apagão do cérebro que é seguido de um descontrole. A percepção da iminência do que está para acontecer existe, mas isso não impede — como acontece em pessoas mais saudáveis — de usar de gestos obscenos, ameaçar, xingar ou gritar por conta da demora em um atendimento no caixa; de expressar uma crise de fúria que leva a jogar fora ou quebrar algo; em alguns casos, algo pior, uma vez que relatam, de forma figurada ou não, o desejo de matar alguém, a necessidade de ferir ou atacar.
Popularmente conhecidos como sujeitos de “pavio curto” (termo que ilustra o fato de serem explosivos), eles relatam que esses sintomas são precedidos de pensamentos raivosos e níveis crescentes de tensão, excitação, palpitações e aperto no peito. Por fim, encaram seus atos e as consequências com vergonha, culpa e arrependimento.

13 de set. de 2015

Abatimento

Abatimento, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 13-09-2015.
Abatimento*, criado em 13-09-2015.

Já não tem como voltar atrás,
nem acertar o que já foi demais; só por nós dois, eu sei que não dá.
Daqui há pouco o sol vai partir
e eu vou ficar parado como um barco que procura um farol pra se guiar.
Partir sem lugar pra chegar
é como ter que ir e não poder nunca mais voltar…
Fugi, fui deixando você e me perdendo de mim:
é tão difícil enxergar o fim!

(Flávio Venturini — Navios)


O acinzentado do céu ajuda essa sensação de estranhamento, um não saber bem o que se quer, como aquele momento que se vivencia ao abrir a porta da geladeira. É uma certa indecisão, estar entre um lugar ou outro, e não conseguir decidir entre o ir e o ficar. Limbo. Nuvem que paira e não diz bem a que veio.

O intervalo que permite um repouso após a convulsão de sentimentos, os pensamentos embaralhados, as recordações inexatas que são promovidas quando ocorre o distanciamento, a despedida, a viagem de ida sem retorno. Uma cena de filme onde todos torcem para a personagem se virar e olhar, pois o futuro, o feliz para sempre, está logo ali, à distância de um beijo.

Diz-se que alguém está abatido quando entra nesse estágio. É que a base da palavra induz a recordar dos abatedouros, do lugar dos sacrifícios, da falta de esperança e de possibilidades futuras provocada pelo golpe do destino.

Esse esvaziamento das energias, esse esmaecimento das cores, certamente pode ser relacionado à ausência da luz que se apagou, do sorriso desfeito, do amargo retido e dos sonhos tragados — para quem fica. Não sei dizer bem o que, para quem vai. Mas como toda viagem, ao se cruzar as fronteiras, um novo mundo nos aguarda. Talvez uma nova língua, novos costumes, novos encontros. A novidade com todos os percalços e construções possíveis.

Estou novamente atravessando um período de luto. Dia a pós dia superando a pressão no peito, reerguendo meus escudos, fortalecendo minhas determinações. Assim como a vida é um presente, a morte é um futuro certo. Há motivos relevantes para se dar um tempo e refletir, intensificar as marcas deixadas pela vida exaurida. Mas permitir-se a dor não é um ato de entrega ou desistência. É reprisar as boas oportunidades que a vida concedeu nos encontros efetuados e resíduos que permaneceram.

Eu sei que isso soa melancólico demais, mas é necessário: algo assim como esse dia, lindo e triste.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 13 de setembro de 2015.

* Custei muito para conseguir produzir esse texto. É como uma espécie de despedida para o amigo 'brasileiro quase mexicano' com quem compartilhei boas aventuras e risadas, Carlos Leonardo da Silva Querino (eu o chamava de Caleo, por conta de Smallville, a série que assistimos juntos). Ele morreu no dia 08-SET. Certamente levou uma parte de mim consigo e eu vou me esforçar para honrar a sua parte em mim.

4 de set. de 2015

Mesmo se o redemoinho capturar e revolucionar

Redemoinho, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 04-09-2015.
Redemoinho *, criado em 04-09-2015.

Olhos que conseguem encontrar o lado bom das coisas,
mesmo quando o bom não está disponível.

(Amy Grant — Father Eyes)


Gostaria de elevar-me, fluir, ultrapassar as formas, descobrir um modo de contato.

Fosse possível nesse momento, perguntaria: foi (o necessário; uma vontade soberana; a expressão de ser…)?

É que eu acredito que, mesmo se o redemoinho capturar e revolucionar até não mais poder, e eu e todos ao redor ficarmos com os olhos areados, mareados, molhados… ainda assim, a força de vida poderá ser projetada, um desejo se tornará uma vontade plena, alcançando o infinito, realidades diferenciadas.

É que surge a hora de exigir a sabedoria ao extremo, evitar dar razões em prol do entendimento que ultrapasse a lógica do possível, afirmar todas as forças que percorreram a substância, iluminar a força escura que captura para um outro fluxo de percepção e realidade.

Cada ser tem um tempo de expressão que a qualquer momento pode ser surpreendido, expandido ou encurtado. Mas estar no olho do tornado é assustador, até para um expectador.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 04 de setembro de 2015.

* Meu amigo Carlos Leonardo (Caleo) foi hospitalizado em urgência, e encontra-se em estado grave. Todos foram surpreendidos. Então, nesse momento, minha força desejante é para que sua vida possa se expressar em sua totalidade: o super-homem vencendo a Kriptonita.

2 de set. de 2015

A catedral da riqueza e da dor

Catedrais da dor, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 30-08-2015.
Catedrais da dor, criado em 30-08-2015.

Eu não sei se é o céu ou o inferno, qual dos dois você vai ter que encarar; e foi pra não lhe deixar no horror que eu vim para lhe acalmar.
Se o pecado anda sempre ao seu lado e o demônio vive a lhe tentar, chegou a luz no fim do seu túnel, minha filha, o meu cajado vai lhe purificar.
Para os pobres e desesperados e todas as almas sem lar vendo barato a minha nova água benta: três prestações, qualquer um pode pagar.
O sucesso da minha existência está ligado ao exercício da fé, pois se ela remove montanhas também traz grana e um monte de mulher.
"Pois eu transformo água em vinho, chão em céu, pau em pedra, cuspe em mel: pra mim não existe impossível!." (pastor João e a igreja invisível)
(Raul Seixas — Pastor João e a Igreja Invisível)

Você pode firmemente tentar desenvolver algum sentido para o mundo, para os abusos cometidos por seres humanos sobre outros. Talvez, essa seja a única coisa sensata a fazer para se manter alguma sanidade em meio a tanta loucura e desordens — naturais ou produzidas — para cooptar seus sentimentos, pensamentos e vontades: seu ser.

Alguns dos pouquíssimos agentes financeiros poderosos derrubam países com uma orquestrada saída de investimentos. Para o retorno, só exigem uma considerável elevação dos lucros que terão às custas da população local.

Algumas das poderosas farmacêuticas utilizam-se da produção de leis para impedirem qualquer medicamento que cure verdadeiramente uma doença — o custo da manutenção de um tratamento vitalício que produz uma estabilidade de vida enriquece extremamente mais.

O domínio dos preços de mercado dos alimentos, inclusive em países considerados desenvolvidos ou no supermercado bem próximo, é algo que dá náusea, produz desnutrição e miséria humana — mas faz-se de forma simples, jogando-se fora uma quantia imensa que é chamada de excedente. Claro que os lucros poderiam ser superiores ao ter seu preço reduzido e ser vendido em quantidades, claro que iniciativas de doação de produtos com validade próximas do fim são esquecidas.

É preciso ignorar que isso gera subprodutos como armamentos, segurança, polícias e guerras. A vida humana é apenas fonte de renda para esses que se utilizam de um poder conquistado através dos tempos com apropriações de terras, com o desenvolvimento de doenças com agrotóxicos, entre outros, com subempregos e escravidões modernas, com um mercado fácil para os tráficos de órgãos para transplantes, de corpos para a prostituição e práticas indizíveis.

Foi criada uma nova forma de religião. Em sua catedral, a adoração é ao dinheiro; o seu louvor, a desesperança; seu ensinamento, a dor; sua pregação, o mercado. Não resta humanidade detectável, apenas a sede de poder e domínio. Para sua ostentação e glória, a indução a um modo decadente de ser que é endeusado, manipulando-se a percepção das pessoas pela comunicação mundial*.

Quer saber o mais triste: a maioria aplaude e afirma ser este um bom caminho, o ensina e o reproduz. Se isso não é insanidade, me internem, certamente o maluco sou eu**.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 02 de setembro de 2015.

* Os meios de comunicação esmeram-se em torná-los desejáveis, imitáveis. Seres humanos de origem simples abrem mão do alimento para comprar produtos de marca, iludidos com a promessa do status. A busca desenfreada de lucros está produzindo o impensável: de um lado 0,9% da população e de outro o resto. Já parou para pensar que toda a riqueza do mundo está dividida igualmente entre os dois? Aceitamos a invasão de países, resultado de forjadas e praticadas ações terroristas, pois isso facilita a apropriação de suas riquezas. É fácil utilizar-se de discórdia na população, incitar revoltas ou disputas políticas para eleger capachos do poder financeiro […]. E tudo isso 'passa batido', não é?

** Raul Seixas produziu críticas de uma forma muito interessante, quebrando com os parâmetros convencionais. Uma delas está em Quando acabar, o maluco sou eu!
Toda vez que eu olho no espelho a minha cara, eis que sou normal e que isso é coisa rara (a minha enfermeira tem mania de artista, trepa em minha cama, crente que é uma trapezista).
Eu não vou dizer que eu também seja perfeito, mamãe me viciou a só querer mamar no peito — quando acabar, o maluco sou eu!
O russo que guardava o botão da bomba H tomou um pilequinho e quis mandar tudo pro ar (Seu Zé, preocupado, anda numa de horror, pois falta um carimbo no seu "tito" de eleitor) — quando acabar, o maluco sou eu!
Não bulo com governo, com polícia, nem censura; é tudo gente fina, meu advogado jura. (já pensou o dia em que o papa se tocar e sair pelado pela Itália a cantar?) — quando acabar, o maluco sou eu!
Quando acabar, o maluco sou eu!
Eu sou louco, mas sou feliz. Muito mais louco é quem me diz (eu sou dono do meu nariz em Feira de Santana ou mesmo em Paris!) — quando acabar, o maluco sou eu!
É, a coisa tá feia…

Ultrapassamentos e ressignificações

Ressignificações, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em  01-09-2015.
Ressignificações*, criado em 01-09-2015.

Somos criaturas limitadas, forjadas pela evolução, súditos das leis da natureza, como tudo o mais que existe no cosmos. Nossa vontade é puxada de lá e de cá, de todos os lados, pelo peso dos genes, do ambiente, da imprevisibilidade do mundo. Mas, em algum lugar, nas brechas do possível, ainda dá para moldar nossa vontade, ao menos de vez em quando. Se existe um músculo que precisa ser exercitado sempre, é esse.
(Reinaldo José Lopes — O livre arbítrio existe? Em: Os 11 maiores mistérios do Universo, cap.10, p.189)
Aprendemos a crer e a desenvolver ou modificar uma crença. Esse fato está extremamente conectado à capacidade humana de vislumbrar, imaginar, antecipar e construir. Cada prática no presente é impregnada do aprendizado com o passado e de um ideal, um medo e um prazer no futuro. Vivemos num limbo temporal.

Desse modo, a adaptação estruturou o corpo humano: nas funcionalidades do presente é possível detectar os desenvolvimentos de características diferenciadas em função das novas realidades. Esse pensamento é válido especialmente nas mudanças que estão sendo promovidas pela utilização de novas tecnologias.

Essa mutabilidade é um desafio a ser encarado pela humanidade. Por exemplo, a manipulação genética e embrionária está traçando um rumo diferenciado dos processos básicos da reprodução. A antiga disputa entre espermatozoides, em prol da melhores qualificações para o novo ser, fica em segundo plano quando é possível fertilizar in vitro, corrigir processos estruturais ou determinar características.

Esse e outros temas assustam. Mas o medo reduz-se quando entendemos que há sempre algo a aprender com o novo. Exige-se, no entanto, o desenvolvimento de uma ética capaz de lidar com cada nova transformação. Ela será o instrumento necessário para uma transição mais tranquila entre o modo antigo e os novos.

Se vai ser possível gerar uma nova raça, não sei. Sonho com a manutenção dos princípios fundamentais que — aos trancos e barrancos, discórdias e guerras — produziram as relações sociais pacíficas. Se nos basearmos apenas nos indícios atuais, como o ressurgimento global de correntes extremistas e dos fundamentalismos, estamos longe de poder acreditar no ultrapassamento da barbárie.

No entanto, ampliam-se os atos, antes isolados, que mobilizam pessoas de diversos países em prol de melhoria da qualidade de vida para todos e da preservação dos recursos naturais. É desta ressignificação da humanidade que surgem os movimentos que podem nos conduzir ao cidadão do mundo: um novo modo planetário de ser e estar e agir em prol da vida.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 02 de setembro de 2015.

* A Psicologia e a Neurolinguística, aliadas, permitiram uma nova forma de tratamento conhecida como Programação Neurolinguística (PNL). O método prioriza o uso da habilidade humana de atribuir significados: um significante possui significados, como num dicionário. A terapia tenta gerar a ressignificação, processo em que o indivíduo desenvolve sua compreensão sobre as circunstâncias da vida e altera o seu modo de perceber determinadas vivências. De forma consciente, é possível produzir sentidos diversos, mais positivos ou satisfatórios, para eventos traumáticos, gerando resiliência. Isso resulta em novas práticas de vida e reconduz ao equilíbrio emocional.