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15 de dez. de 2012

Fim de que?

MENG, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 09/12/2012
MENG, criado em 09/12/2012
[poço cheio de água no sopé de uma montanha] MENG
imaturidade, inexperiência juvenil, plantas selvagens.
ken montanha, progresso interrompido
k'an água, abismo, perigo

A fé dela é surpreendente, a dor que atravessa é contida por sua esperança em você.
Todo o seu mundo se transformou, o passado fica mais nebuloso que triste pelas várias maneiras como cuida de seu bebe, ficando sem descansar vários dias.
Os pobres não tem tempo para ficar pensando, estão ocupados demais encontrando saídas.
(For Your Babies - Simply Red *)

As questões vem, quando tento entender a Ordem (uma delas é Quem sou eu para questionar a ordem do mundo?):

  • Ela é natural, é construída socialmente ou é fabricada por interesses?

  • Os fluxos que nos atravessam possuem intentos próprios ou são apenas uma representação dos nossos próprios?

  • As produções diárias possuem significados mais amplos que experiências a se acumular?

  • Nossas pequenas transgressões são uma forma de ultrapassar as sutis fronteiras que haviam e, desse modo, ampliar nosso campo de percepção?

  • Em que sentido usar o que se acumulou faz sentido? É apenas uma luz que mostra o passado percorrido ou um potente exemplo de que é possível ir adiante?

{...

Hoje me deparo com uma realidade estranha: meninos adolescentes e mulheres casadas lideram o ranking do aumento de pessoas contaminadas pela AIDS; aos 10 ou 12 anos já se escolhe engravidar do 'amor da sua vida', até que o status da rede social seja trocado (a vida acabou ou o amor). Há muito tempo atrás, o filme Kids apontava para essa direção e a cantora Madona saiu horrorizada da sessão de cinema;

Não é preciso procurar no São Google para ter informações a esse respeito, elas se encontram ao seu lado, naquele baile ao lado de sua casa, nos luais e nos encontros noturnos ou diurnos...

(pode acreditar: não adianta, eles sempre escaparão do seu controle!).

...}

  • Como explicar os riscos para quem não existe riscos no mundo ('todo adolescente crê que sua vida é eterna...').

  • Como não acreditar que faz parte do Fluxo essas mudanças e, só por meio de pequenas transgressões eles encontrarão seu caminho?


Eu aposto na vida. Ainda. E mesmo com tantas questões que ela me apresenta:
  • mesmo quando há os guetos de crack e muitas outras drogas;

  • mesmo quando a intolerância rege a vida dos pequenos desavisados e são eles que empunham as armas que seus tutores (ou será usurpadores de mentes?) queriam ter coragem, mas não empunham, e os usam como escudos;

  • mesmo quando a gente vê a força do imperialismo das multinacionais invadindo pequenas economias e determinando seus produtos ao eliminar toda a concorrência;

  • mesmo quando a mídia entra em conluio para ocultar informações e/ou maquiá-las;

  • mesmo quando quem foi eleito para nos representar vira Narciso;

  • mesmo quando não conseguimos mostrar que - em muitas situações - não temos o controle de tudo e tudo o que podemos fazer é nos descontrolar;

  • mesmo quando, diante de um quadro tão surreal, não conseguimos entender que tudo é apenas uma ilusão (mas nossa percepção se esforça para fazer com que acreditemos!);

  • mesmo quando o outro - como eu o projeto em minha mente - não é aquilo que 'deveria ser';

  • e até mesmo quando eu abuso da vida e esqueço que essa alegria ou tristeza imensa é apenas uma centelha de momento na eternidade que logo passará;


São sempre mais questões que respostas. Perguntas que não tem mais fim.

Mas para ser sincero, para a Ordem, mesmo que exista uma finalidade, não existe fim.

Então, para o fim-de-ano (ou fim do mundo), tá afim de que?

Wellington de Oliveira Teixeira, em 15 de dezembro de 2012.
* Tradução livre do trecho:
Her faith is amazing The pain that she goes through contained in the hope for you
Your whole world has changed The years spent before seem more cloudy than blue In many ways your baby's controlling When you haven't laid down for days
For the poor no time to be thinking They're too busy finding ways