Ele abriu os céus e desceu; nuvens escuras estavam debaixo dos seus pés.
Montou sobre um querubim e voou; elevou-se sobre as asas do vento.
(Bíblia — 2 Samuel 22: 10-11)
Sopra o Vento!
Voam pelos ares cadeiras, o lixo. Dança a Sacola Plástica.
A bola inalcançável já não faz mais a criança feliz,
Nem o boné aperta os miolos de mais uma Cabeça de Vento.
Ri o Vento pois não há nada mais rebelde do que ele.
(Quando o Vento sorri — C. A. Albani da Silva - 19-09-2012)
Montou sobre um querubim e voou; elevou-se sobre as asas do vento.
(Bíblia — 2 Samuel 22: 10-11)
Sopra o Vento!
Voam pelos ares cadeiras, o lixo. Dança a Sacola Plástica.
A bola inalcançável já não faz mais a criança feliz,
Nem o boné aperta os miolos de mais uma Cabeça de Vento.
Ri o Vento pois não há nada mais rebelde do que ele.
(Quando o Vento sorri — C. A. Albani da Silva - 19-09-2012)
Apenas uma sugestão a você que se aventurou por essa leitura: o intrincado jogo de palavras que utilizo aqui não deve ser um elemento paralisador. Ilusões nos dirigem sem controle, mas no mundo tudo é ilusão, a tal ponto que, no pensamento cristão, para superar as limitações todos serão transformados.
Para pontuar o motivo do texto, vou dizer: Vá por mim, a razão não é o melhor instrumento quando você é surpreendido ao ser engolido por um furacão. Uma outra via deve ser ativada, e de forma urgente.
Minha sugestão é que você permita-se adotar as práticas dos inventores, especialmente quando os instrumentos existentes são defasados para uma determinada tarefa. Um modo de entendimento sobre o que eles fazem é exemplificar que quando seus sentidos falham na tentativa de enxergar pelas ondas luminosas (está escuro, há bloqueios) descobrem um meio de usar a detecção de ondas de calor, que permite.
Não é bem uma surpresa, para quem já viu algum filme que utiliza tecnologias avançadas, certo? É um simples processo de usar nível de ondas diferenciadas. Vou me apropriar — nesta prática de escrita-proposição — dessa lógica da viabilidade de trocar o método de percepção. E vou perguntar: Por que acontece o abandono das percepções inimagináveis por uma fixa, se a capacidade de absorção que possuímos ao nascer é virtualmente infinita?
Uma das respostas que me deram foi a inexistência de verdades estabelecidas até que a lei da sobrevivência física toma a dianteira (não há percepção sem uma estrutura que perceba) na forma de uma intricada relação simbiôntica que permite a sobrevivência do todo: um filhinho descobre que sem a mamãe não irá adiante e, com isso, o seu possível torna-se limitado — sem aprender os modos desse ser que lhe dá o suporte, não conseguirá descobrir nem vivenciar suas próprias descobertas.
Dê um pequeno salto e avalie que os seres humanos são frutos de uma adaptação ao planeta mãe. Isso bastaria como apresentação (bem básica) para a inserção de uma alma no mundo, mas não explica o porque de tantos não desenvolverem práticas que permitam retornar àquele desconhecido, optando por permanecer cativos dessa realidade fixa.
Dizem que as almas migram. Se o fazem deveria ser pelo prazer de novas descobertas. Mesmo os que assim acreditam, divergem com relação ao tempo: entre vidas, na própria vida (tipo viagem astral) ou na pós-vida. Será que, adotando-se a eternidade da alma, a questão se resolveria?
Duas vertentes geradoras de modos de pensar-agir me tomaram, a arte e a filosofia. Com filósofos entendi que as pessoas podem usar a alma para ir à fonte primordial do pensamento e, com isso, estruturar ideias dos possíveis existentes por lá. Com artistas entendi que uma obra de arte deve permitir à alma uma subversão das estruturas estabelecidas no mundo das verdades.
Vejo nesse conjunto de pensadores, práticas que são pedagógicas em si. Mas, e cada vez mais, gosto de imaginar que é a transformação pessoal provocada pela experiência estética o motivo para torná-las tão valiosas. Afinal diante de uma arte plena, inexplicavelmente, somos remetidos ao mundo sem fixidez, onde todos os significados vivem na dança das cadeiras, com a pequena distinção de que ninguém é excluído.
No mundo desses seres pensantes, não há determinação de um modo correto de viver, são vários; não há interpretação verdadeira, há modos de apreensão. Só que uma proposição como essa não tem sido o que, em geral, a humanidade deseja ou adota. Ela exige que cada um envolva-se por si e para si mesmo. O desafio, a diferença, a divergência tornam-se o campo de forças sem o qual não somos motivados nem nos deslocamos.
Encará-la exige muita coragem: corre-se um risco sério ao tentar cavalgar furacões. Mas, à rigor, sempre há momentos em que é possível enlouquecer, não importa se você é algum dos que fazem da vida uma busca consciente ou dos que preferem o deixa a vida me levar.
Para pontuar o motivo do texto, vou dizer: Vá por mim, a razão não é o melhor instrumento quando você é surpreendido ao ser engolido por um furacão. Uma outra via deve ser ativada, e de forma urgente.
Minha sugestão é que você permita-se adotar as práticas dos inventores, especialmente quando os instrumentos existentes são defasados para uma determinada tarefa. Um modo de entendimento sobre o que eles fazem é exemplificar que quando seus sentidos falham na tentativa de enxergar pelas ondas luminosas (está escuro, há bloqueios) descobrem um meio de usar a detecção de ondas de calor, que permite.
Não é bem uma surpresa, para quem já viu algum filme que utiliza tecnologias avançadas, certo? É um simples processo de usar nível de ondas diferenciadas. Vou me apropriar — nesta prática de escrita-proposição — dessa lógica da viabilidade de trocar o método de percepção. E vou perguntar: Por que acontece o abandono das percepções inimagináveis por uma fixa, se a capacidade de absorção que possuímos ao nascer é virtualmente infinita?
Uma das respostas que me deram foi a inexistência de verdades estabelecidas até que a lei da sobrevivência física toma a dianteira (não há percepção sem uma estrutura que perceba) na forma de uma intricada relação simbiôntica que permite a sobrevivência do todo: um filhinho descobre que sem a mamãe não irá adiante e, com isso, o seu possível torna-se limitado — sem aprender os modos desse ser que lhe dá o suporte, não conseguirá descobrir nem vivenciar suas próprias descobertas.
Dê um pequeno salto e avalie que os seres humanos são frutos de uma adaptação ao planeta mãe. Isso bastaria como apresentação (bem básica) para a inserção de uma alma no mundo, mas não explica o porque de tantos não desenvolverem práticas que permitam retornar àquele desconhecido, optando por permanecer cativos dessa realidade fixa.
Dizem que as almas migram. Se o fazem deveria ser pelo prazer de novas descobertas. Mesmo os que assim acreditam, divergem com relação ao tempo: entre vidas, na própria vida (tipo viagem astral) ou na pós-vida. Será que, adotando-se a eternidade da alma, a questão se resolveria?
Duas vertentes geradoras de modos de pensar-agir me tomaram, a arte e a filosofia. Com filósofos entendi que as pessoas podem usar a alma para ir à fonte primordial do pensamento e, com isso, estruturar ideias dos possíveis existentes por lá. Com artistas entendi que uma obra de arte deve permitir à alma uma subversão das estruturas estabelecidas no mundo das verdades.
Vejo nesse conjunto de pensadores, práticas que são pedagógicas em si. Mas, e cada vez mais, gosto de imaginar que é a transformação pessoal provocada pela experiência estética o motivo para torná-las tão valiosas. Afinal diante de uma arte plena, inexplicavelmente, somos remetidos ao mundo sem fixidez, onde todos os significados vivem na dança das cadeiras, com a pequena distinção de que ninguém é excluído.
No mundo desses seres pensantes, não há determinação de um modo correto de viver, são vários; não há interpretação verdadeira, há modos de apreensão. Só que uma proposição como essa não tem sido o que, em geral, a humanidade deseja ou adota. Ela exige que cada um envolva-se por si e para si mesmo. O desafio, a diferença, a divergência tornam-se o campo de forças sem o qual não somos motivados nem nos deslocamos.
Encará-la exige muita coragem: corre-se um risco sério ao tentar cavalgar furacões. Mas, à rigor, sempre há momentos em que é possível enlouquecer, não importa se você é algum dos que fazem da vida uma busca consciente ou dos que preferem o deixa a vida me levar.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 26 de maio de 2014.
* Uma curiosidade para mim, é que quase desisti de colocar o ser alado cavalgando o furacão, na imagem.