Vulcão é um tipo de montanha, uma estrutura geológica.
Sua produção é realizada por magma, gases e partículas quentes quando emergem à superfície.
Para além do magma derramado, sua função é injetar poeira, gases e aerossóis na atmosfera
— sem a dose projetada a transformação da superfície retardaria.
Mesmo que inconscientemente, somos pequenos vulcões nas relações que estabelecemos na terra.
(Wellington de Oliveira Teixeira)
Sua produção é realizada por magma, gases e partículas quentes quando emergem à superfície.
Para além do magma derramado, sua função é injetar poeira, gases e aerossóis na atmosfera
— sem a dose projetada a transformação da superfície retardaria.
Mesmo que inconscientemente, somos pequenos vulcões nas relações que estabelecemos na terra.
(Wellington de Oliveira Teixeira)
Dói, para si e para quem atinge.
Mas, um vulcão que não expele suas lavas não cumpre sua função porque não basta tê-las aceitado dentro de si: sendo substrato e fruto do mundo inteiro, a ele deve retornar.
O significado da dor que sofreu ou da que causou só aparecerá depois; o entendimento da energia gasta e das consequências, muito tempo depois — talvez depois de estar extinto.
Nossa linearidade impede de entendermos o processo.
É necessário retornar à helicoide, ao cone cuja ponta está na base. Um pequeno furo capaz de transbordar imensos jarros produtores de vida.
Talvez por isso as espinhas nos rostos para corações adolescentes: hora de transformar a casca exterior.
Talvez, repito por não ter outra palavra para expressar, somente assim aprendamos que nesta vida o passageiro é apenas isso. Sua viagem por ele também.
E enquanto não entendermos as interpenetrações das realidades (cada um possui a sua) não alcancemos a beleza desse engendramento.
A terra, a areia, o tijolo, as ferramentas e tudo o mais usado, jamais alcançarão os desígnios do engenheiro. Será preciso ultrapassar o tempo da construção para se apreciar o resultado, ainda porque nenhum de nós teve a chance de olhar a planta original.
Mas, um vulcão que não expele suas lavas não cumpre sua função porque não basta tê-las aceitado dentro de si: sendo substrato e fruto do mundo inteiro, a ele deve retornar.
O significado da dor que sofreu ou da que causou só aparecerá depois; o entendimento da energia gasta e das consequências, muito tempo depois — talvez depois de estar extinto.
Nossa linearidade impede de entendermos o processo.
É necessário retornar à helicoide, ao cone cuja ponta está na base. Um pequeno furo capaz de transbordar imensos jarros produtores de vida.
Talvez por isso as espinhas nos rostos para corações adolescentes: hora de transformar a casca exterior.
Talvez, repito por não ter outra palavra para expressar, somente assim aprendamos que nesta vida o passageiro é apenas isso. Sua viagem por ele também.
E enquanto não entendermos as interpenetrações das realidades (cada um possui a sua) não alcancemos a beleza desse engendramento.
A terra, a areia, o tijolo, as ferramentas e tudo o mais usado, jamais alcançarão os desígnios do engenheiro. Será preciso ultrapassar o tempo da construção para se apreciar o resultado, ainda porque nenhum de nós teve a chance de olhar a planta original.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 24 de maio de 2014.
* Para Diogo de Azevedo Ramos, um filhote de vulcão.
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