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11 de mai. de 2014

O cérebro e o arbítrio

Arbítrio, criado por Wellington de Oliveira Teixeira, em 09-05-2014
Arbítrio, criado em 09-05-2014.

Precisamos ensinar à próxima geração de crianças,
a partir do primeiro dia, que eles são responsáveis por suas vidas.
A maior dádiva da espécie humana, e também sua maior desgraça,
é que nós temos livre arbítrio.
Podemos fazer nossas escolhas baseadas no amor ou no medo.

(Elizabeth Kubler-Ross)


Um cérebro é um mecanismo tão incrível que não nos damos conta de sua fragilidade. Isto é, até que ocorra uma mínima falha em seu funcionamento.

Tudo o que conhecemos, aprendemos, observamos e vivenciamos se constroem ou se estruturam nele e sem ele não há qualquer pequeno prazer que nos permita o acesso à felicidade.

Nascemos e passamos a usar o olfato, o tato, a audição, o paladar e a visão para nos referenciarmos no mundo. E, ao adicionar registros para o maior banco de dados que se conhece, ele se constitui como o centro de nossas vivências. Sua rede neuronal vai se ativando e se interligando — uma multiplicação espetacular das experiências — até que passamos ter uma visão mental multidimensional da vida.

Quanto mais nos permitimos ampliar o campo sensóriomotor, mais ele consegue fracionar e relacionar os estímulos e a construir o que chamamos de totalidade de uma percepção.

Ao tentar descrever todas as suas capacidades, percebe-se que é preciso uma linguagem que não descreva impulsos elétricos apenas, mas uma poética interposição do conglomerado de estímulos que somos capazes de receber e de absorver: a beleza dos detalhes de uma experiência de vida.

Essa rede tão intricada é o que nos possibilita alcançar o cerne do mundo. E, ao concatenar as dimensões do possível e do imaginável, estabelecemos aquilo que podemos denominar de os olhos da alma. É aqui que testemunhamos o surgimento de um ser humano e suas distinções em relação a todos os outros.

E a linda mítica poética religiosa, que o denomina como o ser especial, estabelece o maior dos dons divinos para a criação: o arbítrio.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 11 de maio de 2014.

* Idealmente, o arbítrio deve ser entendido como o poder ou faculdade de decidir, de escolher, de determinar e de estabelecer juízo com base exclusiva na vontade.

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