Fixação: seus olhos no retrato, minha assombração, fantasmas no meu quarto.
Fixação, I want to be alone!
(Fixação - Kid Abelha)
Fixação, I want to be alone!
(Fixação - Kid Abelha)
Algumas pessoas não percebem que quanto mais você tenta se livrar de uma ideia, mais ela se fixa e exige a sua atenção. Resta apenas dedicar-lhe o seu tempo.
O problema é quando ela é do tipo muito, muito insistente. Ela vai e volta, sempre nos momentos mais inconvenientes para desviar sua atenção e retirar a objetividade de um raciocínio.
Esse peixe é uma ideia assim: de tão insistente acabou sendo construído com a reprodução de milhares de peixes iguais reduzidos. Algo semelhante à técnica utilizada nas imagens 3D que vinham em livros ou quadros e exigiam um determinado modo de observar para que sua profundidade fosse obtida. Há pouco tempo achei uma imagem nesse padrão e refiz a sensação do campo ampliado de visão.
Apesar de, no caso do peixe dessa imagem — fruto de uma outra imagem que criei —, antes de desistir de mudá-lo, testei várias proposições: isolamento, descamação e fossilização. Mas ele se revitalizava sempre. Chegou o momento onde larguei de mão e admiti que precisava destacá-lo, desfazendo toda a imagem de fundo e tornando-a apenas um suporte.
No fim das contas, justifiquei a ação pelo fato de ser um elemento importante que me acompanha e me dá prazer há muito tempo — talvez desde a adolescência. No fundo, tentei apenas me livrar dele ou do que ele representa para mim nesse momento.
Por fim, construí um certo afastamento e obtive de volta a capacidade de raciocinar, que havia perdido. Não é muito, mas já dá para superar a paralisação e ir adiante: melhor uma ideia flutuante do que uma fixa.
O problema é quando ela é do tipo muito, muito insistente. Ela vai e volta, sempre nos momentos mais inconvenientes para desviar sua atenção e retirar a objetividade de um raciocínio.
Esse peixe é uma ideia assim: de tão insistente acabou sendo construído com a reprodução de milhares de peixes iguais reduzidos. Algo semelhante à técnica utilizada nas imagens 3D que vinham em livros ou quadros e exigiam um determinado modo de observar para que sua profundidade fosse obtida. Há pouco tempo achei uma imagem nesse padrão e refiz a sensação do campo ampliado de visão.
Apesar de, no caso do peixe dessa imagem — fruto de uma outra imagem que criei —, antes de desistir de mudá-lo, testei várias proposições: isolamento, descamação e fossilização. Mas ele se revitalizava sempre. Chegou o momento onde larguei de mão e admiti que precisava destacá-lo, desfazendo toda a imagem de fundo e tornando-a apenas um suporte.
No fim das contas, justifiquei a ação pelo fato de ser um elemento importante que me acompanha e me dá prazer há muito tempo — talvez desde a adolescência. No fundo, tentei apenas me livrar dele ou do que ele representa para mim nesse momento.
Por fim, construí um certo afastamento e obtive de volta a capacidade de raciocinar, que havia perdido. Não é muito, mas já dá para superar a paralisação e ir adiante: melhor uma ideia flutuante do que uma fixa.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 20 de maio de 2014.
* Obsessão, como uma ideia fixa, refere-se às crenças erradas e distorcidas, que, por conta de uma intensa repetição involuntária, tornam-se um transtorno limitador à vida por distorcer a realidade: pensamentos negativos conectado a algo que causam incompletude e culpa. Há sempre a sensação da falta ou de algo mal feito, independente das novas tentativas de finalização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário