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25 de ago. de 2015

É preciso estender a visão de mundo

Visão de mundo, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 25-08-2015.
Visão de mundo, criado em 25-08-2015.

32. E o mestre disse em meio ao silêncio:
"No caminho de nossa felicidade encontraremos o conhecimento para o qual escolhemos esta vida. É assim que aprendi hoje e prefiro deixá-los agora para seguirem o seu caminho como desejarem."
(Richard Bach — Ilusões. As aventuras de um messias indeciso, p.25-26)

Às vezes preciso rir de mim mesmo, tenho bons motivos para isso: vario, flutuo, me desencontro uma boa parte das vezes. Assemelho-me, do atual ponto de vista, como as ondas do mar em dia ensolarado e ventoso — pode até ser algo lindo de se observar; mas em outros momentos, a percepção pode ser bem diferenciada, especialmente quando estou lidando com os processos de sobreviver e conquistar obstáculos ou intempéries.

Nem melhor nem pior que ninguém, até acredito que há processos de desenvolver a vida bem mais ricos que o meu e que me encantam. Pessoas capazes de dar nó em pingo d'água no enfrentamento de suas questões (e a de outros, simultaneamente).

Eu já adotei o modo aprendiz nesse jogo da vida. Nele, capitanear os rumos é algo bem complicado, mas necessário. Em algum momento é preciso deixar o banco da escola e ir praticar. Então, procuro estagiar e buscar experiências e experimentações com outros que possuem o mesmo objetivo; criar grupos de interação que me permitam produzir e absorver desenvolvimentos.

Quando reflito sobre o quanto fui isolacionista, até me surpreendo com essa prática atual — não foi a idade que a trouxe, disso tenho certeza; foi a vivência e a transformação da vivência em aprendizado. Aqui e ali, me obrigo a um encontro comigo, sozinho, para ver os resultados. Me debruço sobre os rabiscos produzidos, os altos e baixos do terreno conquistado e o alcance que a nova energia conquistada na caminhada me permitirá ir, na próxima aventura. Gosto tanto que adotei a nomeação de poder pessoal (encontrada nos ensinamentos de Dom Juan, um xamã da tribo Yaqui) para essa força propulsora da vida.

Por fim, faço uma arguição em nível bem profundo: Qual a força de vontade me guia? As propostas e práticas que adotei produziram caminhos de liberdade ou de aprisionamentos? Continuo em paz comigo e com o percurso que faço? Compartilho com outros guerreiros os seus e os meus modos de superação, sem invadir-lhe a jornada pessoal?

Só após responder cuidadosa e verdadeiramente a essas questões eu me permito seguir nessa busca de ampliar a absorção e a difusão desse espectro de energia luminosa que torna a vida algo melhor para todos. Há realidades e planos de realidade, todas com potencia para expansão ou desperdício da força que se tem. Uma coisa já faz parte do meu reservatório de conhecimentos: para ir adiante, vivendo com plenitude, é preciso estender a visão de mundo, interagir e unir forças*.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 25 de agosto de 2015.

* Este pode ser considerado um modus operandi da natureza da evolução. São consideradas espécies evolutivamente complexas, aquelas capazes de autoconsciência. Reconhecer-se no espelho tem sido o método de avaliação dessa capacidade. Primatas, golfinhos, orcas e elefantes compartilham com os humanos essa capacidade.
Em comum, essas espécies demandam um grande período de cuidado dos pais e uma vivência social posterior, resultando em desenvolvimento de emoções e entendimento da alteridade (eu e o outro). Diferentemente de espécies cuja relação social é totalitária (abelhas, formigas ou cupins possuem estratificação social), a evolução da inter-relação amplia a criação das conexões complexas que denominamos amor.

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