Meu bem às vezes diz que deseja ir ao cinema. Eu olho e vejo bem que não há nenhum problema.
E digo "Não. Por favor, não insista e faça pista. Não quero torturar meu coração…"
Garota, ir ao cinema é uma coisa normal, mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!
E digo não, digo não, digo não, não, não.
Meu bem, chora, chora e diz que vai embora. Exige que eu lhe peça desculpas sem demora.
E digo "Não. Por favor, não insista e faça pista. Não quero torturar meu coração…"
Perdão à namorada é uma coisa normal, mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!
E digo não, digo não, digo não, não, não.
(Erasmo e Roberto Carlos — Minha fama de mal)
E digo "Não. Por favor, não insista e faça pista. Não quero torturar meu coração…"
Garota, ir ao cinema é uma coisa normal, mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!
E digo não, digo não, digo não, não, não.
Meu bem, chora, chora e diz que vai embora. Exige que eu lhe peça desculpas sem demora.
E digo "Não. Por favor, não insista e faça pista. Não quero torturar meu coração…"
Perdão à namorada é uma coisa normal, mas é que eu tenho que manter a minha fama de mau!
E digo não, digo não, digo não, não, não.
(Erasmo e Roberto Carlos — Minha fama de mal)
A sequência contígua e lenta das mudanças em nós nos ilude e quase nos impede de identificar as transformações. Algo desfeito por uma das maravilhosas proposições que a adolescência nos promove: é possível, num mesmo ser, mudanças radicais.
Não deveria, mas quase sempre me frustro quando, mesmo com exemplos claros, muitos se perdem e não alcançam a ideia de que — apesar de os elementos serem os mesmos — a vida não precisa ser monótona ou repetitiva. Aquelas ideias e práticas adotadas por sua eficácia podem ter perdido a validade. Hora de rever os conceitos.
É a conexão e recombinação que constrói as identidades parciais e temporárias que todos vivenciamos do nascimento até a superação da forma. Isso que chamamos de eu é uma inconstância especial porque consegue carregar para as novas fases aquilo que denominamos de essência.
Projetar o que foi assimilado faz parte do processo. A ousadia é tornar-se artista e investir na exteriorização de novas construções internas.
Não há limites para quem não se enquadra, nem tenta paralisar a diferenciação que se constitui a cada momento. Os ritmos variam, as composições, também. Mas é possível embelezar cada momento da vida, descobrir suas potencialidades e vivenciá-las.
Até que o pó volte ao pó, dá para fazer com ele muitas construções. Imagine-se reformando sua casa. Não, isso não é uma metáfora. É isso mesmo o que acontece.
Não deveria, mas quase sempre me frustro quando, mesmo com exemplos claros, muitos se perdem e não alcançam a ideia de que — apesar de os elementos serem os mesmos — a vida não precisa ser monótona ou repetitiva. Aquelas ideias e práticas adotadas por sua eficácia podem ter perdido a validade. Hora de rever os conceitos.
É a conexão e recombinação que constrói as identidades parciais e temporárias que todos vivenciamos do nascimento até a superação da forma. Isso que chamamos de eu é uma inconstância especial porque consegue carregar para as novas fases aquilo que denominamos de essência.
Projetar o que foi assimilado faz parte do processo. A ousadia é tornar-se artista e investir na exteriorização de novas construções internas.
Não há limites para quem não se enquadra, nem tenta paralisar a diferenciação que se constitui a cada momento. Os ritmos variam, as composições, também. Mas é possível embelezar cada momento da vida, descobrir suas potencialidades e vivenciá-las.
Até que o pó volte ao pó, dá para fazer com ele muitas construções. Imagine-se reformando sua casa. Não, isso não é uma metáfora. É isso mesmo o que acontece.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 16 de junho de 2015.
* Repetitividade, recompõe os elementos das imagens ilustradoras de 'Brinde a vida', 'Uma poção mágica cairia bem' e 'A vida em vermelho'. O objetivo era exemplificar o que acontece em nosso cotidiano: mesmos elementos, nova composição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário