Dom Juan: Pois bem, um guerreiro começa com a certeza de que seu espírito está desequilibrado;
aí, vivendo num controle e consciência completos mas sem pressa nem compulsão,
ele faz o máximo para conseguir esse equilíbrio.
(Carlos Castaneda - Porta para o Infinito, p.31-32)
aí, vivendo num controle e consciência completos mas sem pressa nem compulsão,
ele faz o máximo para conseguir esse equilíbrio.
(Carlos Castaneda - Porta para o Infinito, p.31-32)
Incomodado com a maneira de reagir a alguns acontecimentos de minha vida, peguei o livro Porta para o Infinito para recordar alguns pensamentos do Dom Juan que deram origem a diversas formas que tenho de me expressar. É preciso reaprender diariamente para poder reafirmar ou refazer seus próprios conceitos. Nada deve se estabelecer como imutável na vida, especialmente o aprendizado pessoal adquirido com a vida.
Na época em que fiz a primeira leitura, além de bem novo, eu era devorador de literatura e o livro me pareceu fantástico demais: feiticeiros, poderes, práticas de vida de não-fazer…
No entanto, os pontos de vista apresentados eram extremamente sedutores para uma mente questionadora como a que eu possuía. Então, me entreguei à leitura e avaliação das propostas apresentadas. O fiz tentando abstrair meus preconceitos. Lembro-me que me propus buscar uma visão de mundo de um determinado indígena, no caso o Dom Juan, e a afirmação que me encantou, de início, foi a de que era preciso buscar esclarecimentos, não apenas explicações convenientes.
Seu método, para isso, consistia em acumular um poder pessoal por meio da transformação das práticas diárias: o não-fazer. Este se apresentou como uma prática que possuía um imenso poder ao liberar nossa energia gasta com a repetição, com as nossas rotinas, com as nossas aceitações sem questionamentos e tudo o que nos mantém preso à mesmice, que causa o tédio ou que impede um aperfeiçoamento.
Era tudo de que eu precisava: essa proposição gerou a abertura de um portal dimensional para reavaliar tudo em tudo. Minha busca me levou a trilhar diversos caminhos, a praticar novos esportes, a tentar novas teorias do conhecimento, a experimentar novos sabores e a me afirmar como pessoa e a ter voz sobre o que eu chamava de minha vida.
Hoje, recordando um dos conceitos que mais me seduziram, o da humildade do guerreiro, me recordei de algumas características que assumi como importantes para a minha vida: a busca da impecabilidade em ações e sentimentos, a meus próprios olhos, e não aos olhos de espectadores; a aceitação daquilo que sou não como fonte de pesar mas como um desafio vivo; a não baixar a cabeça para ninguém e não permitir que ninguém o faça para mim.
Tem sido uma aventura e tanto caminhar usando esses conceitos, afinal, não há como forjar um triunfo ou uma derrota. Repito com o Don Juan, que mais uma vez colaborou para que eu ordenasse meus pensamentos e sentimentos: 'Um guerreiro está nas mãos do poder e sua única liberdade é escolher uma vida impecável'.
Na época em que fiz a primeira leitura, além de bem novo, eu era devorador de literatura e o livro me pareceu fantástico demais: feiticeiros, poderes, práticas de vida de não-fazer…
No entanto, os pontos de vista apresentados eram extremamente sedutores para uma mente questionadora como a que eu possuía. Então, me entreguei à leitura e avaliação das propostas apresentadas. O fiz tentando abstrair meus preconceitos. Lembro-me que me propus buscar uma visão de mundo de um determinado indígena, no caso o Dom Juan, e a afirmação que me encantou, de início, foi a de que era preciso buscar esclarecimentos, não apenas explicações convenientes.
Seu método, para isso, consistia em acumular um poder pessoal por meio da transformação das práticas diárias: o não-fazer. Este se apresentou como uma prática que possuía um imenso poder ao liberar nossa energia gasta com a repetição, com as nossas rotinas, com as nossas aceitações sem questionamentos e tudo o que nos mantém preso à mesmice, que causa o tédio ou que impede um aperfeiçoamento.
Era tudo de que eu precisava: essa proposição gerou a abertura de um portal dimensional para reavaliar tudo em tudo. Minha busca me levou a trilhar diversos caminhos, a praticar novos esportes, a tentar novas teorias do conhecimento, a experimentar novos sabores e a me afirmar como pessoa e a ter voz sobre o que eu chamava de minha vida.
Hoje, recordando um dos conceitos que mais me seduziram, o da humildade do guerreiro, me recordei de algumas características que assumi como importantes para a minha vida: a busca da impecabilidade em ações e sentimentos, a meus próprios olhos, e não aos olhos de espectadores; a aceitação daquilo que sou não como fonte de pesar mas como um desafio vivo; a não baixar a cabeça para ninguém e não permitir que ninguém o faça para mim.
Tem sido uma aventura e tanto caminhar usando esses conceitos, afinal, não há como forjar um triunfo ou uma derrota. Repito com o Don Juan, que mais uma vez colaborou para que eu ordenasse meus pensamentos e sentimentos: 'Um guerreiro está nas mãos do poder e sua única liberdade é escolher uma vida impecável'.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 24 de março de 2014.
* Para Roberta Ozorio, que hoje estava carente.
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