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10 de mar. de 2014

Ré menor

Ré menor, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 10-03-2014
Ré menor*, criado em 10-03-2014

Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço.
Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza.
Eu não mexia o braço e pensei: "e essa agora? que devo fazer?"
Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim.
Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.
(Felicidade Clandestina, p.94 - Clarice Lispector)


Desejei demonstrar, lhe fazer entender que eu sinto em seu beijo um reflexo, um lampejo que ultrapassa o normal

É que aprendi deixar você ir e voltar: a saudade me ajuda e desfaz toda dúvida desse meu querer bem.

Assim, me permito escutar o silêncio que faz quando eu fico sozinho repensando o caminho que eu quero trilhar.

Já tentei desenhar, de algum modo escrever o que ocorre em meu peito se recordo ou lhe vejo, mas não há nada igual.

Muda o modo de olhar, passear por aí com você junto a mim. Brisa fresquinha como o risinho na esquina quando vem me amar.

Aprender a deixar você ir e voltar: é a verdade que me ajuda e desfaz toda dúvida e me faz querer bem.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 10 de março de 2014.

* Nossos encontros e desencontros, nossas idas e vindas. Quando nossos amores tornam-se os nossos temores são como uma melancólica música em ré menor.

Toda a Arte da Fuga de Johann Sebastian Bach está em Ré menor.

*precisei mudar duas ou três frases para ultrapassar as pequenas fraquezas produzidas pelo momento de tristeza.

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