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4 de dez. de 2009

O silêncio é monocromático

Assombração, criado em 04/12/09.

"Não existiria som se não houvesse o silêncio.
Não haveria luz se não fosse a escuridão,
[…] Tudo o que cala fala mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão…"
(Certas Coisas - Lulu Santos)

Dualidade é um bem universal (inclusive nas oposições, mas nem sempre nelas) e por meio dela podemos gerar o mundo.

Difícil? Pense comigo: quando se põe duas cores num papel existe diferença e logo podemos dizer essa e aquela. Se só existisse uma cor, simplesmente não existiria a palavra cor.

Pense no quente e no frio, barulho e silêncio... tudo se diz através da justaposição, da comparação ou da oposição. No encontro entre as coisas, cada uma delas passa a existir individualmente. Eu e você, por exemplo.

Uma forma diferente da dualidade é a dúvida.

Ficar em dúvidas é um acontecimento comum na vida de qualquer pessoa. E, no meu caso, se relaciona a busca de uma opção que seja a melhor para o momento. Está intimamente ligada a capacidade de fazer julgamentos diante de questões. E o nosso julgamento se faz a partir de avaliações racionais e emocionais.

Mas, para além do julgamento, o que se faz presente é aquela sensação de insegurança que muitas vezes nos domina na hora das escolhas, principalmente quando as opções são, entre si, excludentes. Querer e saber que, ao escolher, vai-se abrir mão, perder algo que também se quer. O ou - de esse ou aquele -, nessa hora, é um fator torturante.

Então, se permita um tempo de calma, decida-se e diga. Não deixe pra dizer depois, por que o silêncio não se expressa por cores: ele é monocromático.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 03 de dezembro de 2009.

* Nas suas palavras: 'fiquei confuso!'

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