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13 de fev. de 2016

Assujeitar-se é opção

Sujeito, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 13-02-2016.
Sujeito*, criado em 13-02-2016.

Só a leve esperança, em toda a vida, disfarça a pena de viver, mais nada,
nem é mais a existência, resumida, que uma grande esperança malograda.
O eterno sonho da alma desterrada, sonho que a traz ansiosa e embevecida,
é uma hora feliz, sempre adiada e que não chega nunca em toda a vida.
Essa felicidade que supomos, árvore milagrosa que sonhamos toda arreada de dourados pomos existe, sim:
mas nós não a alcançamos, porque está sempre apenas onde a pomos e nunca a pomos onde nós estamos.

(Vicente de Carvalho — Velho tema)


Na possibilidade de gerar futuros existe planos, estratégias, inércia. Esta última a mais comum, muito bem expressa com o "Deixa a vida me levar. Vida, leva eu…".

Nos dois outros casos, o envolvimento consigo em busca de esclarecer para si mesmo o desejável e o necessário faz-se obrigatório.

Alvos ou metas amplas para a vida precisam estar relacionados ao que torna alguém pleno, não a aparências — estas sempre serão impostas de fora.

Mesmo sendo complexo, aprenda a diferenciar assujeitar-se de ser o sujeito do próprio caminho. A partir daí, a luta tem motivação, forma, direção, sentido. Mais. A Alegria.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 13 de fevereiro de 2016.

* Quando nossa razão se torna capaz de ser vivida por nós afetivamente, isto é, quando experimentamos que conhecer é mais forte do que ignorar e que o conhecimento é a força própria de nossa alma, nossa atividade racional se torna alegria.
Ora, a atividade racional não depende de causas externas, mas exclusivamente da força interna de nossa razão. Assim, uma razão forte é alegre e uma razão alegre é forte: com ela se inicia a passagem afetiva e cognitiva que nos leva da paixão à ação, da servidão à virtude.
Em outros termos, passamos da paixão à ação, da servidão à liberdade transformando as paixões alegres e as desejantes nascidas da alegria em atividades de que somos a causa. A virtude é a força para ser e agir com liberdade.
(Marilena Chauí, A filosofia Moral in introdução à filosofia, pag.277)

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