Pesquisar este blog

18 de fev. de 2016

Embalagens deslumbrantes

Embalagens deslumbrantes, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 21-01-2016.
Embalagens deslumbrantes, criado em 21-01-2016.

As pessoas tendem a ajudar membros do próprio grupo social. Assim, somos mais propensos a ajudar pessoas visivelmente pertencentes do mesmo grupo étnico, religioso, linguístico e demográfico do que a ajudar um membro de outro grupo. Estudos interculturais tendem a mostrar que pessoas de culturas coletivistas tendem a ajudar mais que pessoas de culturas individualistas. Outra constatação refere-se à palavra em espanhol simpatico, que significa "amigável", "prestimoso", "educado". Alguns estudos demonstram que as pessoas de países falantes do espanhol e de países latino-americanos demonstram o nível mais elevado de altruísmo.
(Adrian Furnham — Abnegação ou egoísmo in 50 ideias de psicologia que você precisa conhecer, cap.26, p.109)


É imprescindível tornar a própria vida algo valioso, não por reflexo biológico de autodefesa mas por um profundo sentimento de respeito por esta tão incrível jornada a que somos desafiados a encarar.

Permita-me afirmar: variamos em todos os aspectos, portanto, concordância não será o mais forte elemento a que devemos nos apegar. No entanto, a construção de acordos nos mais ínfimos detalhes da vida pode nos estender a capacidade de conectar e realizar trocas realmente potencializadoras com tudo ao nosso redor.

Dos grandes desafios, ultrapassar o egoísmo barato — aquela opção por destruir tudo para que só reste uma única opção: você! —, torna-se algo mais que desejável, fundamentalmente necessário. É que podemos construir vínculos, deles extrair força nos momentos de maior debilidade, neles constituir um terreno de autoaprendizado e desenvolvimento mútuo.

O campo dos encontros deveria merecer uma atenção extraordinária de nossa parte, mas nos perdemos nos detalhes e não no seu fundamento: nas trocas realizadas encontramos o alimento para corpo, alma e espírito. Focar criticamente a qualidade do que absorvemos, nos capacitará a rejeitar aquilo que nos prejudica, mesmo que venha em embalagens deslumbrantes.

Adquira o sentido de que nem tudo o que dói machuca: atritos refinam, impactos fortalecem, críticas são aliadas de quem deseja evoluir, o desgaste corporal de alguns momentos promove o fortalecimento de toda a estrutura, o vazio e a falta de visão ou perspectiva, abrem espaço para a inspiração, a reflexão e a meditação abrem as portas a um novo nível de espiritualidade.

Para além desses despóticos ou doentios* seres que a rotina, a mesmice, a paralisia, o dinheiro e tantas outras coisas mais tentam nos transformar, podemos emergir e aspirar um novo e revigorante ar limpo — basta nos rodearmos do essencial à vida: o amor.

Não é demais repetir. Inicie consigo mesmo, compartilhe com os mais próximos. Desse aprendizado, expanda ao máximo essa potencialidade de reunir, unir e de tornar-se espetacularmente mais do que um sobrevivente na vida. Senhor de si, do seu caminho e participante consciente, invista em sua interferência positiva no mundo — afinal, é o único que você tem, e quanto melhor ele for melhor para você mesmo.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 18 de fevereiro de 2016.

* Ausência de empatia Os psicopatas têm inevitavelmente relações problemáticas. Parecem incapazes de amar ou desenvolver amizades profundas por uma série de razões. Manifestam uma ausência quase completa de empatia, gratidão e altruísmo. São egoístas, sem qualquer senso de abnegação. E, o mais importante, parecem não compreender as emoções alheias. Mostram-se absolutamente ingratos pela ajuda e pelo carinho recebido dos outros. Os outros são vistos como uma fonte de lucro e prazer, e os psicopatas não se importam em lhes causar desconforto, decepção ou dor. As necessidades alheias são triviais demais para eles.
(Adrian Furnham — Lobo em pele de cordeiro in 50 ideias de psicologia que você precisa conhecer, cap.6, p.30)

Nenhum comentário: