Tormenta, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 15 de julho de 2009
" Corro perigo como toda pessoa que vive. E a única coisa que me espera é exatamente o inesperado." (Clarice Lispector - Água Viva)
O que um homem faz diante das questões diárias é puramente manter uma certa rotina, é agradar a um grupo que esteja mais circunvizinho, é ter um certo controle de algumas variáveis sociais. Sua preocupação se remete às tentativas na base do erro e do acerto no trato com os temperamentos e caráter de alguns que estão para além do seu círculo mais próximo e no esquecimento dos fatos que estejam em níveis e espaços ulteriores.
Fundamental, então, nos projetos deste homem é assegurar-se de que nada que o alcance ultrapasse um raio de distância segura e atinja o seu núcleo de sustentação. Isso porque o seu controle é diretamente proporcional ao medo que possui dos aspectos que escapam ao corriqueiro: há um pavor que se manisfesta quando suas previsões anteriores não se concretizam e as forças de sustentação do seu mundo não engendram mais o campo de força que o mantém refém do processo da repetição cotidiana.
A insegurança se manifesta com o inesperado, o desconhecido. O descontrole se instala quando as suposições a respeito do seu mundo não se enquandram mais nas categorias pré-estabelecidas.
Seu estado permanente é o de manutenção de uma determinada ordem. E a ordem é viver na reação, na passividade, sob o domínio das paixões.
Mas qualquer que seja a idéia de mundo pessoal ou coletivo, ele sempre vai estar sob a ação de forças inexoráveis, que promovem a mudança, a transformação e, arriscaria dizer, enxertam uma certa evolução ou aperfeiçoamento via fragmentação do estabelecido.
Sendo assim, a única previsão verdadeira é a de que as variáveis sempre escaparão ao controle e irão provocar as rupturas no tecido do cotidiano. E quanto maior a pressão para manter sob controle permanente a coesão, maior a atração causada nas forças de desconstrução.
Apesar de sua vida ser estabelecida numa relação de manutenção com o passado e de esperança com relação ao futuro, isso só pode trazer contradição, confusão, sofrimento e dor. Esses pressupostos fogem à realidade do ser e do estar no mundo.
E quando as forças invadem seu espaço e quando a tormenta se aproxima, aí o bicho pega. Ou muda ou morre.
Fundamental, então, nos projetos deste homem é assegurar-se de que nada que o alcance ultrapasse um raio de distância segura e atinja o seu núcleo de sustentação. Isso porque o seu controle é diretamente proporcional ao medo que possui dos aspectos que escapam ao corriqueiro: há um pavor que se manisfesta quando suas previsões anteriores não se concretizam e as forças de sustentação do seu mundo não engendram mais o campo de força que o mantém refém do processo da repetição cotidiana.
A insegurança se manifesta com o inesperado, o desconhecido. O descontrole se instala quando as suposições a respeito do seu mundo não se enquandram mais nas categorias pré-estabelecidas.
Seu estado permanente é o de manutenção de uma determinada ordem. E a ordem é viver na reação, na passividade, sob o domínio das paixões.
Mas qualquer que seja a idéia de mundo pessoal ou coletivo, ele sempre vai estar sob a ação de forças inexoráveis, que promovem a mudança, a transformação e, arriscaria dizer, enxertam uma certa evolução ou aperfeiçoamento via fragmentação do estabelecido.
Sendo assim, a única previsão verdadeira é a de que as variáveis sempre escaparão ao controle e irão provocar as rupturas no tecido do cotidiano. E quanto maior a pressão para manter sob controle permanente a coesão, maior a atração causada nas forças de desconstrução.
Apesar de sua vida ser estabelecida numa relação de manutenção com o passado e de esperança com relação ao futuro, isso só pode trazer contradição, confusão, sofrimento e dor. Esses pressupostos fogem à realidade do ser e do estar no mundo.
E quando as forças invadem seu espaço e quando a tormenta se aproxima, aí o bicho pega. Ou muda ou morre.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 15 de julho de 2009..
"Nova era, esta minha, e ela me anuncia para já. Tenho coragem? Por enquanto estou tendo: porque venho do sofrido longe, venho do inferno de amor mas agora estou livre de ti. Venho do longe - de uma pesada ancestralidade. Eu que venho da dor de viver. E não a quero mais. Quero a vibração do alegre… Liberdade? é o meu último refúgio, forcei-me à liberdade e agüento-a não como um dom mas com heroísmo: sou heroicamente livre. E quero o fluxo." (Clarice, de novo, é claro!)
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