Pesquisar este blog

6 de mar. de 2016

Simuladores desnecessários

Simuladores de mundos, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 03-03-2016.
Simuladores de mundos, criado em 03-03-2016.

Eu sei bem os pensamentos que tenho a seu respeito: pensamentos de paz e não de mal.
(Bíblia — Jeremias 29:11)


O cérebro humana é uma máquina com infinitas capacidades. Nele, há uma camada que se expande durante a vida e bloqueia um pouco a visão da essência que carregamos — o manto da ilusão. O ilusório é uma determinada percepção tomada como realidade exclusiva (uma visão de mundo empobrecida, uma simulação). Nele não enxergamos a verdadeira completude da vida: somos eternos e uno.

A que serve o ilusório, então? Ele é uma opção excepcional já que por meio dele podemos simular situações onde verdadeiramente nossas habilidades são desenvolvidas, nossas capacidades multiplicadas, nossa consciência expandida.

Como em um jogo, a virtualidade do aprendizado tem limite. Alcançada a etapa final, o que resta é a repetição sem ganhos (novidade, descobertas ou desafios) significativos. Escolhe-se ir a uma nova fase e a uma nova versão mais desafiadora do jogo ou submete-se ao repetitivo, agora constrangedor e impeditivo das novas descobertas. É como usar peças antigas em um corpo que se desenvolveu: uma roupa apertada, um calçado de número menor, elementos limitadores e ineficazes que só atrapalham o avançar.

Compare com o abandono de um jogo cujas etapas foram conquistadas habilmente. O game over produz o anseio por uma versão mais nova e desafiadora. Crianças ensinam isso diariamente: é preciso desapegar do prazer e aprendizado do passado e dispor-se às promessas de expansão trazidas pelo novo.

É possível ficar paralisado porque o equipamento que reproduz o novo jogo não é capaz de reproduzir em sua totalidade os avanços trazidos na nova versão ou pelo fato de que o desapego à antiga máquina simuladora causa tristeza — os momentos agradáveis ainda estão acessos, as sensações desfrutadas ao longo de seu uso remetem a uma nova sessão. Esse momento poderia ser resumido em: ficar ou seguir?

A simulação atual gerou uma forte vontade de descobrir e vivenciar as possibilidades inerentes ao novo, e encará-lo se tornou um desafio incrível e estimulante? O ultrapassamento da simulação anterior (o jogo vencido) produziu a consciência de que as experiências prazerosas poderão ser expandidas?

Se sim, o entendimento dirá que essa escolha é uma falácia, é falsa. Ela não existe! Como água do rio, que avança inexoravelmente para a amplidão do mar — e durante o percurso se esquiva de todo obstáculo (*) —, seguimos. Quem sabe, um dia, a máquina que gera as simulações poderá nos ser desnecessária?

Wellington de Oliveira Teixeira, em 06 de março de 2016.

* Quando se usa o arsenal de que se dispõe em uma determinada missão, o esgotamento produzido reclama o descanso, mas os desafios não admitem. A reenergização é algo essencial. Mas é passível de ser obtida por meio de alianças, pelo compartilhamento, pela colaboração. É para isso que serve inserir-se profundamente na teia das relações energéticas entre os seres. A barreira produzida pelo campo de força de aliados funciona!
Nagil Teixeira, meu agradecimento eterno. Cai na PAz!

Um comentário:

Anônimo disse...

Boa metáfora! Vou usar com Pedro.Ele é fã de videogames; eu, da compreensão da consciência.