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9 de nov. de 2014

Erramos com as melhores das intenções

Lendas, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 31-08-2014
Lendas*, criado em 31-08-2014.

Na formação das lendas há toques da imaginação popular nos elementos da sabedoria ancestral,
cuja fantasia preserva, em tradição oral, os alertas dos mais sábios que nos precederam.
As nossas foram enriquecidas pela miscigenação intercontinental. Não exigem comprovação,
seu caráter é de inconsciente coletivo das lições retidas nos acontecimentos reais.

(Wellington de Oliveira Teixeira — Se Pensante by Well)


Gosto de lendas como a do Rei Arthur, pois nos permite imaginar caminhos individuais e coletivos; ver que, por melhor que sejam as intenções, haverá erros pessoais, traição e, por outro lado, sonhos, mágica e amor.

Não vejo como fundar, sem esses elementos, uma sociedade humana com desejos coletivizadores onde o desenvolvimento individual não perca seu espaço.

São as dúvidas, não as certezas, que nos provocam o pensamento, estruturam aprimoramentos e constroem momentâneas decisões de vida.

São os erros que cometemos que nos reencaminham, quando nos permitimos entendê-los e desejar ultrapassá-los. São os momentos mágicos que nos dão o alento e o descanso na vida; o amor, que nos dá a certeza de valer a pena percorrer a jornada; são as pequenas ou grandes traições, a nós mesmos, de ou a outros, que nos mostram do quanto somos capazes, quando provocados ou quando colocados em um ponto sem saída.

Gosto de lendas porque nos ensinam a humanidade e tudo o que acarreta dela mas nos dão um vislumbre de aonde a capacidade de superação pode nos levar.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 09 de novembro de 2014.

* A primeira vez que li As brumas de Avalon, de Marion Zimmer, tive um choque inicial diante da visão extraordinariamente complexa e diferenciada das outras apresentações a respeito de lenda do rei Arthur e sua espada. Poucas pessoas, hoje, se envolveriam na leitura de A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore, seus quatro volumes. Além do foco no feminino e nos bastidores de todos os atos e motivações, o livro traz essa crua realidade: somos humanos, erramos, mesmo com as melhores das intenções.

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