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6 de dez. de 2014

Identidade difere de homogeneidade

Identidade criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 05-12-2014
Identidade*, criado em 05-12-2014

Quando se entende que o que se atraiu era algo necessário, até um empurrão que o leva adiante merece um louvado seja.
(Wellington de Oliveira Teixeira)


As vezes me irrito com certos autores de autoajuda quando promovem uma integração do tipo homogeneização.

A questão não é tão complicada quanto os nomes indicativos sugerem, caso você parta do princípio de que todos os seres possuem diferenças inerentes e que somos um conjunto de experiências diversas que se estruturam como nossa identidade.

Tal como a digital colhida para seu Registro Geral, mais conhecido como carteira de identidade, somos um conjunto de linhas cuja configuração é exclusiva.

Então, ao proporem soluções únicas para processos semelhantes, porém diferenciados, acabam por incentivar a igualdade como padrão, isto é todos, do mesmo modo, pensam e agem, absorvem suas experiências e as assimilam, integram em si os aprendizados emocionais e racionais. E não há dúvidas de que isso é ilógico e incoerente!

Todas as partes que o compõem interagem entre si e se reconfiguram a cada novo momento. É nisso que reside sua identidade: no modo como o processo se realiza, não nos elementos.

Todos passamos pelo amadurecimento corporal - da infância à velhice - mas de forma muito própria. Com esse arcabouço e seu modo de apreensão estruturamos nosso ser. Sempre ficam pontos não finalizados, conexões não tão bem feitas.

Na pele, há marcas como manchas, cicatrizes, queimaduras; na alma, dores, ausências, mágoas. Carregamos experiências e modos de aprender próprios. No fundo, qualquer tentativa de igualar é fadada ao fracasso.

Então, jogue fora esses conceitos sem qualquer base científica nem psicológica que tentam lhe dar uma receita de bolo de como viver: vá pra rua experimentar o seu modo de ser e estar no mundo e ser feliz.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 05 de dezembro de 2014.

* A digital que é a sua identidade, nada mais é do que um conjunto de linhas desencontradas, mas únicas no mundo.

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