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30 de mai. de 2015

Por uma vontade soberana

Vontade soberana, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 30-05-2015.
Vontade soberana*, criado em 30-05-2015.

Na consciência da verdade contemplada uma vez, o homem vê agora, por toda parte, apenas o susto ou absurdo do ser […]: sente nojo.
Neste supremo perigo da vontade, aproxima-se, como uma feiticeira salvadora, com seus bálsamos, a arte;
só ela é capaz de converter aqueles pensamentos de nojo sobre o susto e o absurdo da existência em representações com as quais se pode viver:
o sublime como domesticação artística do susto e o cômico como alívio artístico do nojo diante do absurdo.

(Niezsche — Coleção Os Pensadores, p.31)


Eu não quero desistir de insistir em acreditar:

— Que a nossa imbecilidade poderá ser curada.

— Que nosso dogmatismo poderá tornar-se uma crítica contundente a qualquer forma de dominação ou imposição.

— Que conseguiremos converter radicalmente nossa mente e coração, direcionando-os a um profundo entendimento de que o outro sou eu e que eu preciso, com urgência, me amar.

— Que o egoísmo doentio será transformado em um projeto de vida coletivo e associativo: Orgânico.

— Que o paraíso pode e deve existir, para cada um, em vida — independente de um pós vida — como estado de espírito.

— Que minha vontade não é apenas uma ideia vaga, mas uma força transformadora, poderosa o suficiente para gerar novas realidades, um novo mundo e um novo ser em mim mesmo.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 30 de maio de 2015.

* É preciso ter um propósito inflexível para tornar-se um homem de conhecimento.
— Há uma brecha em nós, como a moleira de uma criança, que se fecha com a idade, essa brecha se abre à medida que a pessoa desenvolve a vontade.
— Onde fica essa brecha?
— No lugar das fibras luminosas - respondeu, apontando para sua região abdominal.
— Como é que é? Para que serve? […]
— O que o feiticeiro chama de vontade é um poder dentro da gente. Não é uma ideia, nem um objeto, nem um desejo. A vontade é o que o torna invulnerável.[…]
Perguntei-lhe se a vontade era um sexto sentido. ele disse que era, antes, uma relação entre nós e o mundo percebido. […]
A vontade é uma força, um poder. (Carlos Castaneda — Uma estranha realidade, p. 121; 139-141)

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