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8 de set. de 2014

Vida é o pleno desequilíbrio

Ponto de desequilíbrio, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 08-09-2014
Ponto de desequilíbrio, criado em 08-09-2014.

Não existe um problema que não ofereça uma dádiva para você.
Você procura os problemas porque precisa das dádivas oferecidas por ele…
Valorize suas limitações, e, por certo, não se livrará delas.

(Richard Bach - Ilusões - as aventuras de um messias indeciso, p.62 e 82)


Vida é o pleno desequilíbrio onde estabelecemos um equilíbrio provisório, em que não devemos acreditar totalmente.

A arte de perceber os ventos contrários como uma força capaz de nos impulsionar é um dos maiores aprendizados que temos. Os deslizantes da água, terra e ar confirmam isso.

Na infância, e por muito anos depois, são os apoios que recebemos que nos ajudam a estruturar a base de assimilação dos elementos necessários para seguir adiante. Alguns alcançam a fase de transformação e de individualização consciente, entendendo que devem ir soltando, ponto por ponto, do mais simples ao mais difícil de abrir mão, os antigos apoios em função de construir os novos e próprios.

A vida age e obriga, quando ignoramos esse fato. Em toda a natureza há exemplos claros desse processo, em que é necessário o desapego e o enfrentamento das dificuldades. No entanto, enganam-se os que acreditam que esse processo é, obrigatoriamente, solitário. Não o é. Apenas o aprendizado e sua absorção o é. É possível criar estratégias e agir coletivamente. Deixar de lado apoios e criar referenciais.

Assim, ao invés de olharmos para a área da vida que atualmente está desbotada e desarrumada - por conta dos acontecimentos que nos deslocam, nos descentralizam e nos sacodem -, devemos utilizar como guias ou auxiliares, nesse momento de movimento desequilibrado, os referenciais que nos embasam.

Não tente pegar tudo simultaneamente. Defina o mais imediato e importante e assuma-o como prioridade. Agende, antecipadamente, os próximos e necessários passos, não permitindo que as questões exigidas por eles se tornem pr(é)ocupações que o atrapalhem agora. Foque no hoje. Dê o melhor de si no agora. Pense que, quando chegarem os outros itens, a realidade terá se transformado - e você com ela.

Não é possível assumir a dor, a responsabilidade e os outros elementos inerentes à experiência de vida de outra pessoa - por mais próxima e amada que seja! - mas podemos ser solidários. E devemos deixar isso bem claro.

É isso que tento fazer com essas reflexões junto ao meu sobrinho Weberson (que, nesse momento, tenta corajosamente ocupar os papéis de filho cuidadoso, de neto amoroso e de, em breve, papai e provedor) e ao meu filho Paulo Roberto (em fase de mudanças familiares importantes, inclusive de casa).

Todos nós, vendo esses desafios, estamos respeitosamente permitindo que vocês os enfrentem e decidam o momento em que é necessário alguém ao lado. Seja como companhia para relaxar ou alguém para ajudar a traçar novas rotas, porque, para amar não precisa chamar.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 08 de setembro de 2014.

* Ninguém sabe qual é o calo, onde se encontra e como dói, além da própria pessoa. Por isso, devemos deixá-la decidir como tratá-lo.

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