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15 de mar. de 2011

Pensamento reticente, etcétera

Reticente, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 16/03/2011
Reticente, criado em 16/03/2011.

"Você é a única pessoa que pode decidir se a minha verdade
é autêntica para você ou se é bobagem - falei.
Os princípios pelos quais eu morreria, os mais altos valores que conheço…
para você são sugestões, são possibilidades.
Você escolhe, e por isso aguenta as consequencias.
Cada sim, não e talvez criam a escola que você chama de experiência pessoal."
(Richard Bach - Fugindo do Ninho - uma aventura do espírito)

"A verdade que negamos a alguém torna-se o lixo que vai entulhar a nossa alma"
(Wellington de Oliveira Teixeira - Ser Pensante)

Creio que as reticências foram inventadas para aqueles momentos em que você põe um ponto que seria o final em uma frase, mas, logo a seguir, novos pensamentos chegam freneticamente e tomam conta sem que você consiga ordená-los ou impedi-los.

É diferente do etcétera que você usa porque já dá para parar de escrever pois o que vier é fácil de completar, é óbvio, é simples, etc.

O pensamento reticente não é etcétera e tal. Incomoda. Como uma paixão, ele toma conta da cabeça, não importa quão importante sejam os pensamentos do momento. Vem, se estabelece e, quase sempre, atrapalha.

O pensamento do apaixonado é como ser assaltado por sombras, mesmo quando o dia está iluminado.

Certo. Exagerei um pouco. Digamos que paixão é o tipo sem noção. Não percebe que não é o momento certo para chegar e insiste em ficar. Tipo aquele sujeito que em toda festa você procura evitar. Conhece o tipo, né?

É que ele se aproveita do menor espaço disponível para abrir uma brecha enorme. Basta uma pequena foto, uma pequena frase, poucas palavras ditas ou um segundo de solidão na alma.

O pensamento dos apaixonados é reticente. Confirmem ou neguem, a paixão é a mestre em tomar nossos pensamentos durante o dia. Ou à noite. É como uma doença. E, que eu saiba, ainda não inventaram um remédio para os doentes de paixão.

O que fazer então? Talvez o melhor seja relaxar, gastar um tempinho com ela e tentar ir adiante.

No meu caso, vou direto ao encontro de um meio de expressar a questão: escrevo ou desenho, ou ambos.

Se resolve ou não a questão incial eu não sei. Até creio que não. Mas que dá um segundo de paz a alma, certamente dá!

Wellington de Oliveira Teixeira, em 15 de março de 2011.

* Me apaixonei, quando garoto, por Fernão Capelo Gaivota, Longe é um lugar que não existe e Ilusões - aventuras de um messias indeciso, livros do Richard Bach que se tornaram instrumentos que me ajudaram a moldar o meu próprio pensamento.

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