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30 de mai. de 2010

A vida corrida

Corrida - autor desconhecidoCorrida, não consegui achar o autor da montagem

Amor é uma benção.
Amar e ser amado é como um extraordinário tesouro que é enviado, do céu, para alguém.
(Amor - Wellington de Oliveira Teixeira)

A vida é uma cachoeira
Nós bebemos do rio, depois o rodeamos e levantamos nossas cercas.
Nadando através do vazio, nós escutamos a palavra,
Nós nos perdemos, mas achamos tudo o mais.

(Aerials - System of a down - trad. Wellington O Teixeira).


Sejam de curta ou longa distância, ou de velocidade, com ou sem barreiras no percurso,
corridas fazem parte do cotidiano de todos: a maratona da vida.

A maratona envolve grande resistência física, e sua origem é atribuída à distância que teria percorrido Filípides, um soldado grego, para anunciar a vitória dos helenos sobre os persas: da planície de Maratona (onde ocorreu a batalha) até a cidade de Atenas.

Antes de assumir o caráter esportivo, as competições tinham um caráter religioso: o espírito agonístico era composto do ideal do belo, do heroísmo sagrado e do espírito de disputa. A preocupação com a formação do caráter de um cidadão e do guerreiro passava por aprender estratégias e técnicas e praticá-las.

A vida de alguém pode ser comparada a uma corrida e, dependendo da pessoa, tem curta, média ou longa duração - sendo, para todos, uma maratona de desafios.

As escolhas do caminho em que seguir, dos alvos, dos momentos de ultrapassagem, o que usar, a força de vontade, tudo tem o poder de modificar o resultado.

Às vezes os obstáculos impedem apenas um determinado trecho do caminho e são como os desafios que encontramos na vida para conquistar uma etapa de nosso desenvolvimento. São geradores de tensões, de temores, de inseguranças, mas os propulsionadores de nossas ultrapassagens e conquistas de novos patamares.

Há, porém, aqueles que são os produtores de impotência, do sentimento do vazio da ausência. Os que fazem com que os corredores saiam da corrida, antes do término esperado. São acidentes de percursos que estabelecem o fim de um curso de vida.

E a linguagem figurada, aqui usada, é um mecanismo de defesa para reduzir a dor, a tristeza, porque diz da perda dos companheiros de vida, de amigos e amados que se foram, precocemente. Daqueles que percorreram apenas os 50 ou 100 metros e chegaram ao fim de sua jornada.

Aqui fica a minha homenagem a esses corredores-guerreiros que marcaram a minha vida.**

Wellington de Oliveira Teixeira, em 30 de maio de 2010

* Produzi um musical gospel chamado The race is on (A corrida continua/Foi dada a largada no Brasil) que trabalhava essa questão da vida como uma maratona. Até hoje eu sou apaixonado pela música que deu o título ao musical (letra de Deborah D. Smith e música de Michael W. Smith)
** Tentei de várias maneiras, e várias vezes, colocar os nomes aqui, mas não consigo. Meu amor é inteiro: não dá pra falar de ausência, quando estão tão presentes em mim.

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