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9 de fev. de 2018

Brincar de viver e ser feliz

Nadar criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 09-02-2018.
Nadar *, criado em 09-02-2018.

Quem me chamou? Quem vai querer?
Voltar pro ninho, Redescobrir seu lugar, Retornar e enfrentar o dia a dia, Reaprender a sonhar!
Você verá que a emoção começa agora – agora é brincar de viver.
Não esquecer: Ninguém é o centro do universo e assim é maior o prazer.
Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim
– continua sempre que você responde sim à sua imaginação; à arte de sorrir, cada vez que o mundo diz não.
E eu desejo amar todos que eu cruzar pelo meu caminho:
como sou feliz, eu quero ver feliz quem andar comigo.
Vem!

(Guilherme Arantes/John Lucien — Brincar de Viver)


Monstros existem porque somos capazes de gerá-los. Toda vez que tentam discordar, eu reafirmo: tudo depende apenas do nível em que somos afetados ou nos permitimos ser tocados pela insensibilidade e pela ausência de referenciais.

Sombras de coisas muitos boas podem assustar e a incapacidade de visualizar a realidade das coisas é capaz de ativar os mecanismos de defesa mais profundos e primitivos em cada um. A fragilidade também gera monstros.

O isolamento ou a solidão involuntária vai instalando o terror conforme o tempo passa e ela não é desfeita: o enlouquecer pode ser o monstro alimentado por um processo de ausência de qualquer tipo de presença.

Mas o que mais assusta é quando a insensibilidade impede os sentidos de atuarem e gerarem os estímulos que são capazes. Tudo fica cinza, inodoro, sem sabor, som de uma nota só e o toque não produz o choque de emoções: a vida incapaz de mover-se para produzir encontros e a reação que eles produzem.

É bom saber que todo monstro tem seu ponto fraco, também. Pode ser que não o encontremos nas primeiras tentativas. Então, é só não desistir porque, em algum momento, a luz volta a colorir tudo ao redor e seu brilho invade as profundezas do oceano da alma e a traz à tona para brincar de viver e ser feliz.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 09 de fevereiro de 2018.

* Uma das atividades que mais apreciei em toda a adolescência era nadar. Isso contra os reveses que me causava, por conta de uma otite crônica que me acompanhou desde que nasci e me provocava dores lancinantes. De certa forma, ficou como um registro em mim de que o prazer de viver tinha os seus percalços e de que eu nunca deveria me negar o que me era essencial e, sim, encontrar um modo de driblá-los.

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