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7 de jun. de 2009

Fluxos versus Fases

Well-OutrosFluxos foi criado por Wellington de Oliveira Teixeira, em 03/05/2009 Outros Fluxos criado em 03 de maio de 2009.

"Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma."
(Antoine Lavoisier)


Para mim, a perfeição é o processo, diário, de quem sempre segue adiante.

Vivemos muitos momentos na vida biológica. Da concepção à morte entramos e saímos em fases diferenciadas que nos modificam do momento anterior: nascimento, infância, pré e adolescência, juventude, maturidade, velhice, que são os períodos que se espera que todo o humano viva.

E para traçar essa linha histórica de alguém pedimos auxílio às ciências e descobrimos genes, células, glândulas e outros elementos que comandam a função vital são todos programados para nos prepararem para percorrer essa linha do tempo, nos fazer morrer, ao final.

Todos os que não tropeçam prematuramente na morte, neste intervalo, passamos por isso com mais ou menos angústias, incertezas, temor.

Em geral queremos avançar na escala até o momento em que percebemos que adiante se encontra a escala descendente e a decadência. A partir de então queremos retardar o avanço para nos eternizar.

Geramos, por forças externas e internas, modelos para nos guiar e até tentamos nos assemelhar a eles. Mas os heróis são, na maioria das vezes, apenas uma tentativa de lidarmos com os nossos fracassos.

Quando penso a vida, tento me liberar do pensamento das fases. Em seu lugar me proponho pensar os fluxos. Fluxos não são fases. Não são estruturados, acontecem a todo momento.

Fluxos não são categorias, apesar de podermos pensá-los com auxílio de oposições: fluxo de tristeza e de alegria, ânimo e de desânimo, de força ou de fraqueza, por exemplo. Em resumo, fluxos de composição ou decomposição.

São os fluxos que geram em nós a busca de novos encontros e, por isso, nos levam adiante. E ao pensar nisso, imagino que sejam eles os responsáveis pelo nosso caminho.

Novidade de vida é algo que se processa a todo momento, mas não alcançamos, necessariamente, essa percepção de forma simultânea: uma questão com o sincronismo entre atenção e domínio de si.

Acredito que, mesmo com essas precariedades, somos lançados pelos fluxos às transformações e toda transformação precisa de energia para ser consolidada, nem que provenha da desconstrução do material original, o que, às vezes, causa uma certa dor e uma sensação de perda. Mas, como aprendemos já há muito tempo: nada se perde, tudo se transforma.

Sendo assim, o que nos impede de ultrapassar o estabelecido pelas fases e, exercitando uma vontade soberana de novos encontros com a vida - em muitas dimensões e arranjos -, conquistar o que se denominou de fronteiras pessoais e interpessoais?

Cai na PAz e Vá em frente. Amigos São Amigos Pra Sempre!!!

Wellington de Oliveira Teixeira, em 7 de junho de 2009.

Para Pablo, após a sua nova tatuagem.

Um comentário:

Cµssa disse...

Profundo e reflexivo.

Obrigado pelo post!
Obrigado por me ajudar a vencer os fluxos não tão agradáveis de ser vividos!
Obrigado por deixar eu compartilhar com você os fluxos bons!

Cai na PAZ! (mas se levante depois :p)