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5 de nov. de 2017

Impactos meteóricos

Impactos meteóricos, criado por Wellington de Oliveira Teixeira em 05-11-2017.
Impactos meteóricos, criado em 05-11-2017.

Pensamos que talvez essa "arte" seja uma chave para o entendimento de sua tecnologia. Nossa curiosidade com respeito à "arte" desse povo provocou uma reflexão sobre uma série de pontos significativos:
  1. O desenvolvimento da civilização teve uma aceleração por volta de 5 mil anos atrás quando a escrita antes apareceu na Suméria;
  2. O Povo da Cerâmica Canelada possuía a mesma capacidade mental que nós temos atualmente;
  3. A chave para o nosso rápido e moderno progresso científico é a habilidade de registrar, acessar e usar informações;
  4. Somente uma pequena parte das pessoas no mundo compreende realmente a ciência que faz nossa sociedade funcionar, e essa elite frequentemente usa o conhecimento para controlar as pessoas que não o possuam.
(Robert Lomas e Christopher Knight — A máquina de Uriel: as antigas origens da ciência, p.389 )
O temor provocado pelas forças naturais, em especial, aquelas de grande impacto na superfície da terra, produziu na humanidade uma marca de reverência. Esse nível de referência, para os cientistas atuais, é a origem das mitologias e religiosidades: 'os céus e a terra manifestando o poder dos deuses'. As consequências dessa marca precisam ser estudadas e compreendidas: há um nível de beleza nela que ultrapassa o seu mal uso.

Sensibilidades humanas, como a intuição e a espiritualidade, ainda em primórdios de estudos acadêmicos, permitirão esclarecimentos capazes de ultrapassar os charlatanismos e seu uso para controle social – registrado na história, em diversas épocas, a casta sacerdotal utilizou conhecimento científico, de acesso restrito, para manter o povo em 'cabrestos curtos'. O registro do movimento dos planetas (eclipses eram alguns dentre os meios para comprovar seu poder) foi algo que permitia tal influência.

A antropologia e outras ciências são reunidas em A máquina de Uriel: as antigas origens da ciência * (Robert Lomas e Christopher Knight) para fornecerem fortes indícios de que vários conjuntos de pedras ordenadas – estruturas megalíticas, como Stonehenge – eram observatórios astronômicos sofisticados que permitiam gerar calendários solares, lunares e planetários exatos, a medição do diâmetro da Terra e provavelmente a predição da colisão, na terra, de um meteorito, em 3150 a.C..

Os autores defendem que muito antes do que se ensina nas escolas, já havia uma civilização altamente avançada, dedicada a preparar-se para impactos meteóricos futuros, permitindo a reconstrução da civilização em um mundo destruído.

Sem ignorar polêmicas que surgem (identifico interferências fortes de uma determinada visão produzida pela maçonaria – organização da qual fazem parte os autores), as reflexões apresentadas no livro também promovem um novo nível de pensamento a respeito da formação da hegemonia da religiosidade judaico-cristã via destruição de todo o registro dos conhecimentos celta e dos druidas (rotulados como 'bruxaria' e 'demoníacos') pela casta sacerdotal-cristã.

Aprecio as propostas, avaliações e comprovações apresentadas que resgatam um pensamento muitíssimo anterior ao datado oficialmente. Difiro, aqui, da visão de que há qualquer aproximação possível entre ciência verdadeira e as religiões. A ciência é isso: não ter medo de se aventurar, escavar, escrutinar e repensar e, a seguir, constituir lógicas capazes de subsistir a quaisquer questionamentos racionais, sempre fugindo aos predeterminismos.

Se isso significa encarar aqueles que, de dentro dela, distorcem a sua vocação essencial, tudo bem: cada nova teoria, que se comprovar mais potente que a anterior, será a adotada. Doa a quem doer, as verdades científicas não são um monolítico e, sim, um processo e uma construção constante, pronto a agregar aquilo que ultrapassa o escrutínio rigoroso do que há de opinião ou tradição, em cada teoria.

Wellington de Oliveira Teixeira, em 05 de novembro de 2017.

* Apesar de, em alguns momentos, a linguagem acadêmica tornar-se um obstáculo, indico a leitura do livro para quem já tem o segundo grau. Para os demais, indico uma iniciação ou noção sobre o tema do livro encontrada no vídeo Resenha - A Máquina de Uriel

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