Não duvido, por exemplo, que a mecânica de Newton representa uma melhoria em relação à de Aristóteles e que a de Einstein representa uma melhoria em relação à de Newton como instrumentos para a solução de problemas. Mas não vejo na sua sucessão um caminho coerente de desenvolvimento ontológico.
(Thomas S. Kuhn (*), citado por Ben Dupré Em Mudanças de paradigmas, p.143 )
Determinadas questões podem tornar-se uma representação do medo e, diante delas, fraquejamos. Quantas mãos atadas ou testas suadas diante da prova escolar, da seleção para a Universidade Pública ou para um emprego, confirmam. Algumas são [re]correntes.
Insegurança é um fator indispensável para ativar os centros de avaliação que possuímos e simultaneamente o poder decisório do encarar ou escapar. Desqualificar um mecanismo que é indissociável aos seres vivos é ignorar seu papel, desde a preservação da vida até na composição de estratégias vencedoras de uma realidade adversa.
Nas artes, quando se identifica elementos-chaves ou palavras que reaparecem com frequência na obra de um autor, deve-se propor uma avaliação: é preguiça (repetição de algo que funcionou antes) ou demonstra o 'ainda' não se alcançou — possui outros contextos, afirmando um processo em desenvolvimento para a sua superação?
Nas religiões, pensamentos místicos se referem a recorrência como carma, algo que em diversas vivências é preciso superar para evoluir.
Há casos onde a recorrência desmascara a covardia, a preguiça, a vontade de impotência (ela existe sim: 'ignorância é uma benção!').
Na vida, o processo de aprendizado é uma determinante e a transformação adaptativa ou superativa é uma imposição da natureza. Ignorar tal fato é sofrer consequências dolorosas — 'o que não se aprende pelo amor, a vida ensina pela dor'. Espécies se extinguiram por conta dessa verdade.
Todavia — e como aprecio quando leio isso — não se obtém solução diversa repetindo-se os mesmos procedimentos ou práticas. É preciso permitir uma abertura ao inusitado, ao diferente, ao adverso, ao estranhamento. Do que vestir a o que falar, quem acolher, experimentar é a porta que abre a passagem para a novidade: a mudança de paradigmas.
Mas não é um vale tudo acrítico. Como tudo na vida, deve estar sob o crivo de uma avaliação crítica. Por isso, esta deve estar sob constantemente aperfeiçoamento e aliada à consciência ética e moral — ainda somos seres sociais.
Insegurança é um fator indispensável para ativar os centros de avaliação que possuímos e simultaneamente o poder decisório do encarar ou escapar. Desqualificar um mecanismo que é indissociável aos seres vivos é ignorar seu papel, desde a preservação da vida até na composição de estratégias vencedoras de uma realidade adversa.
Nas artes, quando se identifica elementos-chaves ou palavras que reaparecem com frequência na obra de um autor, deve-se propor uma avaliação: é preguiça (repetição de algo que funcionou antes) ou demonstra o 'ainda' não se alcançou — possui outros contextos, afirmando um processo em desenvolvimento para a sua superação?
Nas religiões, pensamentos místicos se referem a recorrência como carma, algo que em diversas vivências é preciso superar para evoluir.
Há casos onde a recorrência desmascara a covardia, a preguiça, a vontade de impotência (ela existe sim: 'ignorância é uma benção!').
Na vida, o processo de aprendizado é uma determinante e a transformação adaptativa ou superativa é uma imposição da natureza. Ignorar tal fato é sofrer consequências dolorosas — 'o que não se aprende pelo amor, a vida ensina pela dor'. Espécies se extinguiram por conta dessa verdade.
Todavia — e como aprecio quando leio isso — não se obtém solução diversa repetindo-se os mesmos procedimentos ou práticas. É preciso permitir uma abertura ao inusitado, ao diferente, ao adverso, ao estranhamento. Do que vestir a o que falar, quem acolher, experimentar é a porta que abre a passagem para a novidade: a mudança de paradigmas.
Mas não é um vale tudo acrítico. Como tudo na vida, deve estar sob o crivo de uma avaliação crítica. Por isso, esta deve estar sob constantemente aperfeiçoamento e aliada à consciência ética e moral — ainda somos seres sociais.
Wellington de Oliveira Teixeira, em 19 de junho de 2016.
* Artigos que permitem uma introdução interessante sobre as Ladeiras escorregadias proposta pelo Thomas S. Kuhn encontra-se em O legado de Thomas Kuhn após cinquenta anos e Síntese de A Estrutura das Revoluções Científicas, de Thomas Kuhn
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